31.8.08

Leituras: Neither Here Nor There

Por fim concluí Neither Here Nor There de Bill Bryson. As narrativas das viagens de Bryson pela velha Europa não me apaixonaram tanto quanto outros livros, já aqui vastamente mencionados, contudo para quem ame a arte de viajar torna-se uma leitura quase obrigatória. Neste livro encontrei um Bill Bryson mais injustamente crítico e acintoso do que nos livros anteriores e isso desagradou-me porque sempre o entendera como um autor com um espírito crítico bastante vincado mas acima de tudo com um sentido de humor genial. No entanto, há uma passagem que me fez sorrir nas páginas finais do livro quando Bryson se encontra no seu quarto de hotel no último destino da sua viagem, Istambul.

I sat on the toilet, watching the water run, thinking what an odd thing tourism is. You fly off to a strange land, eagerly abandoning all the comforts of home, and then expend vast quantities of time and money in a largely futile effort to recapture the comforts that you wouldn't have lost if you hadn't left home in the first place
.

in Neither Here Nor There, Bill Bryson

28.8.08

Um novo amanhã

Por vezes não tomamos determinadas decisões, que sabemos ser as indicadas, porque isso implica destruir os sonhos e as expectativas que construímos na esperança de algo melhor.

Mas se calhar mais vale encher o peito de ar e começar tudo de novo, ainda que isso possa ser a coisa mais difícil que tenhamos de fazer.

27.8.08

Coimbra tem mais encanto...


Dei um saltinho a Coimbra neste último fim-de-semana. Encontrei uma cidade rejuvenescida e mais cosmopolita, mas encantadora como sempre.


25.8.08

Caminhar sempre

As minhas férias este ano não têm sido exactamente o que eu esperava. No ano passado não tinha planos nenhuns e passei umas semanas fantásticas. Este ano pensava ter planos e tinha também algumas expectativas que infelizmente não se vieram a concretizar. De todo o modo ainda consigo vislumbrar um saldo não muito negativo. Os treinos regulares no ginásio têm-me feito maravilhas. Tenho tido disponibilidade para desenvolver com calma um projecto profissional a concretizar no início de Setembro. E ainda há tempo de sobra para passar umas horas na conversa com velhos amigos.

Foi isso que aconteceu na semana passada. Cerca de duas horas à conversa com a Ana C. Que bem que soube sentir os laços entre as duas estreitarem-se e a reafirmação da confiança perante as confidências trocadas.

Por vezes a vida não me parece nada boa. Outras parece-me maravilhosa. Às vezes tenho muito medo do futuro, mas o presente também me apavora. E depois de ter lido um e-mail da L, e muito em especial depois das últimas conversas com a N, parece-me que o mais sensato será mesmo uma pessoa caminhar sozinha, mas caminhar sempre.

18.8.08

The Canterville Ghost - um excerto

The Canterville Ghost é uma das minhas histórias preferidas de Oscar Wilde. Reli-a na semana passada e deixo aqui um excerto verdadeiramente delicioso que narra um dos momentos terríveis pelos quais o pobre Sir Simon passa nas mãos de alguns dos membros da família Otis. Pobre fantasma!

“He now gave up all hope of ever frightening this rude American family, and contented himself, as a rule, with creeping about the passages in list slippers, with a thick red muffler round his throat for fear of draughts, and a small arquebuse, in case he should be attacked by the twins. The final blow he received occurred on the 19th of September. He had gone downstairs to the great entrance-hall, feeling sure that there, at any rate, he would be quite unmolested, and was amusing himself by making satirical remarks on the large Saroni photographs of the United States Minister and his wife, which had now taken the place of the Canterville family pictures. He was simple but neatly clad in a long shroud, spotted with churchyard mould, had tied up his jaw with a strip of yellow linen, and carried a small lantern and a sexton’s spade. In fact, he was dressed for the character of ‘Jonas the Graveless, or the Corpse-Snatcher of Chertsey Barn,’ one of his most remarkable impersonations, and one which the Cantervilles had every reason to remember, as it was the real origin of their quarrel with their neighbour, Lord Rufford. It was about a quarter past two o’clock in the morning, and, as far as he could ascertain, no one was stirring. As he was strolling towards the library, however, to see if there were any traces left of the blood-stain, suddenly there leaped out on him from a dark corner two figures, who waved their arms wildly above their heads, and shrieked out ‘BOO!’ in his ear.”



Quem tiver interesse em ler a história é só seguir o link: The Canterville Ghost by Oscar Wilde.

16.8.08

17

17 seconds of compassion
17 seconds of peace
17 seconds to remember love is the energy
behind which all is created
17 seconds to remember all that is good
17 seconds to forget all your hurt and pain
17 seconds of faith
17 seconds to trust you again
17 seconds of radiance
17 seconds to send a prayer up
17 seconds is all you really need


17 - The Smashing Pumpkins



A manhã iniciou-se com a audição do álbum Adore. :)

15.8.08

Música no Blog - Muse IV

Nos dois últimos dias tenho ouvido Muse (para não variar) e não deixo de me espantar por dar conta de novos sons e de um verso ou outro de uma canção me chamarem mais a atenção. É fascinante ir-se descobrindo novos sons e sentidos em músicas que já ouvi tantas vezes. Stockholm Syndrome é das minhas preferidas do álbum Absolution. Já estive em tempos para escrever algo em relação à música, faço-o desta vez porque acabei de ver o videoclip, que não conhecia e que achei brilhante.

A Síndrome de Estocolmo, como muitos de vós devem saber, é um estado que pode surgir da relação estabelecida entre reféns e seus sequestradores. Neste estado surge uma relação de empatia e de afectividade apesar da situação traumática vivida pelos reféns. Os especialistas sobre este tipo de assunto explicam tudo muito bem, por isso façam as vossas pesquisas para mais detalhes de informação fiável.

Se pensarmos nesta mesma situação no plano amoroso não deixa de ser interessante reflectir sobre o quantas vezes uma pessoa se encontra refém numa (má) relação mas deixa-se ficar devido à Síndrome de Estocolmo: é difícil deixar aqueles por quem nutrimos sentimentos. A letra da música deixa-nos perceber as várias tentativas de deixar essa relação:

this is the last time I'll abandon you
and this is the last time I'll forget you
I wish I could

Posto isto, ficará ali na barra lateral, por tempo indeterminado, o videoclip dos Muse, que substitui o remix de Enjoy the Silence dos DM.

13.8.08

Momentos DAH da semana

Fui protagonista de dois momentos DAH esta semana. Reparei ao abrir um pacote de bolachas, comprado recentemente, que me enganei no tipo de bolacha; é a marca que pretendia, não têm açucar mas têm uma parte pecaminosa com chocolate. E não pode ser. Ou melhor, pode ser muito de vez em quando, mas não pode ser muitas vezes e ter dois pacotes destas bolachas do demo no armário despertam as fraquezas mais profundas, assim como as mais superficiais, que habitam em mim. Na altura da compra eu estranhei o preço, mas pensei: "vivemos tempos terríveis de crise por isso é natural que o preço tenha aumentado."

Hoje resolvi dar um passeio num jardim aqui perto. Olhei para a relva apetitosa e sentei-me debaixo da sombra de uma palmeira. Pus-me a desenhar uma árvore. Infelizmente o desenho ficou um horror. Quando me levantei para esticar as pernas, senti-me... húmida. Tinha o rabo todo molhado. Antes de me ter sentado tinha-me dado a impressão de que a relva havia sido regada recentemente devido à humidade que sentira ao tocar-lhe, mas preferi convencer-me que já estava sequinha. Não estava.

8.8.08

Leituras em banho-maria

As leituras por esta freguesia têm andado em banho-maria. Ainda assim reli recentemente The Consolations of Philosophy de Alain de Botton, esperando voltar a pegar-lhe mais tarde. Comecei a ler um livro que me foi oferecido no Natal de 2002. Chama-se True Tales of American Life e surgiu após ter sido lançado um desafio aos ouvintes para que enviassem as suas histórias verdadeiras para o programa de rádio Weekend All Things Considered. As histórias foram lidas no programa e posteriormente compiladas num volume com edição do escritor Paul Auster. Fica aqui a sugestão caso procurem uma leitura leve e diversificada.


6.8.08

Caminhadas

Os últimos passeios a dois levaram-nos a caminhar por aqui


Belém


e por aqui


Chiado

3.8.08

Expiação


Lá matei a curiosidade e vi Atonement (Expiação). Pensava eu estar preparada para um filme baseado numa obra de Ian McEwan depois da leitura de The Comfort of Strangers, mas não, não estava nada preparada para um filme que nos conta uma história dolorosa com um final desolador. James McAvoy, que já tinha chamado a minha atenção em Shameless, oferece-nos a promessa de um actor com muito para dar. Keira Knightley está efectivamente maravilhosa. Este papel assenta-lhe mil vezes melhor que o da personagem de Jane Austen.

1.8.08

Tardes culturais

A semana prestes a findar também se prestou a actividades culturais. Na 3ª fui ao Museu da Electricidade ver a exposição sobre Maria Callas e também aproveitei e vi a pequena exposição Vieira da Silva, Arpad Szenes e o Castelo Surrealista. É de aproveitar porque a entrada é gratuita. Hoje, logo a seguir ao almoço, rumei a Alcântara e passei boa parte da tarde numa viagem pelo Oriente. Outra informação útil: podem ver as exposições permanentes e a temporária no Museu do Oriente gratuitamente às sextas entre as 18h e as 22h.

...

A dimensão tempo é uma coisa curiosa. Há 5 meses eu não imaginava estar prestes a tomar a decisão sobre a qual tenho reflectido intensamente nos últimos dias. Contudo há 3 meses eu já vislumbrava essa decisão.