Mimos

Ontem foi dia de me mimar. Fui às compras! Comprei uma mochila nova que tem uma protecção muito bem pensada para dias de chuva (os portáteis agradecem!); um vestido preto, um casaco preto (para usar em Dezembro no casamento de um primo), uma túnica preta e umas leggings pretas com umas bolinhas brillhantes para dias de festa. Eu sei, é preto a mais, mas sempre dá para ir combinando com a écharpe roxa e uma ou outra peça com as calças de ganga.

De boca aberta teria ficado muita gente ao ver-me há uma semana com um vestido que, apesar de ter uns arabescos pretos, tem uma salganhada de cores que não fazem mesmo nada a minha cara. Mas curiosamente esse fica-me bem melhor do que o modelo igual na cor preta, daí ter aceite a sugestão da mãe e tia e ter comprado esse. A cara-metade gostou de ver. Coitado, acho que o rapaz volta e meia fica enjoado de tanto luto... :-D

Mal-entendidos

Dei com o Mal-entendidos de Nuno Lobo Antunes ontem na Fnac e resolvi trazê-lo. Isto porque ao abrir o índice deparei-me com uma série de conteúdos que me interessaram. De regresso a casa dei uma vista de olhos a algumas páginas e deparei-me com o retrato chapadinho da maior parte dos meus alunos do ano passado:

Há algumas crianças cujo contacto nos desperta sentimentos que nada têm a ver com infância. Dentro de nós reagimos como se elas fossem adultas, e é necessário muitas vezes um esforço consciente e deliberado para lutar contra sentimentos de afastamento ou até de repulsa. São crianças com um problema de "atitude", pelas quais é difícil nutrir simpatia. Embora as pessoas com perturbações do espectro do Autismo sejam geralmente consideradas como tendo dificuldades de empatia, a verdade é que existe um outro conjunto de crianças que têm dificuldade em se pôr na pele dos outros. (...) Estas são crianças que parecem caminhar para o precipício sem aceitar a mão salvadora que se lhes dirige, crianças cujo pior inimigo se encontra dentro delas como em certos filmes de terror.*

Mal-entendidos, Nuno Lobo Antunes

Tremo só de pensar nos adultos disfuncionais, com toda uma panóplia de psicoses e neuroses, que certamente nunca serão devidamente diagnosticadas e sendo serão mal tratadas, que esses miúdos serão no futuro. E tremo mais ainda quando penso nos filhos que gerarão...

* O excerto é retirado do capítulo "Perturbação de Oposição e Desafio e Perturbação da Conduta"

O Caso Saramago

Considero de uma hipocrisia sem igual o facto de se criticar José Saramago devido às suas convicções e posições no que diz respeito a religião e a igreja católicas. Neste Ocidente que se acha tão tolerante e respeitador da liberdade de expressão, neste mesmo Ocidente onde se condenou com tanta veemência a posição do Islão em relação a Salman Rushdie, que tem a cabeça a prémio por causa dos seus Versículos Satânicos, cai-se exactamente no mesmo erro: não se aceita a posição de alguém que vai contra os dogmas estabelecidos. Pior ainda é não se aceitar uma obra literária como aquilo que é: uma obra literária.

A Voz

Ao que parece sou contra-alto e tenho ouvido. Para mim é a maior surpresa porque na verdade eu de música e de cantorias não pesco mesmo nada! A única coisa de que me lembro das aulas de música no 5.º e 6.º anos era de que os sons me pareciam todos iguais... Na próxima semana já vamos começar os ensaios. Hoje o Maestro quis ouvir as nossas vozes e falar um pouco connosco. Passei a maior vergonha porque não me ocorria nada para cantar e acabei por cantar (enganando-me! Pode?!) dois ou três versos de "Atirei o pau ao gato"!

Como rentabilizar o seu tempo?

Quantas vezes não damos como desculpa o "não tenho tempo?". Se não temos, arranjemo-lo. Não é difícil. Há que saber gerir o melhor possível o tempo disponível para nele encaixarmos tudo o que queremos e temos de fazer. Numa das newsletters que recebo diariamente são dadas algumas dicas. Por isso aqui vão:

Mime-se

Arranje tempo para si. Almoce calmamente, beba um café depois do trabalho ou faça exercício. Uma caminhada é uma excelente opção. Tente encaixar uma destas actividades no seu dia.

Crie uma rotina

Analise o seu horário e tente geri-lo encaixando as tarefas mais complicadas nos dias ou horas em que se sente mais energético. Se, por exemplo, sentir que tem mais energia no período da manhã delegue para essa altura o que lhe custa mais fazer.


Reduza a sua lista de "coisas para fazer"

Não tente encaixar tuo o que pretende fazer num ano numa lista. Reduza-a e crie uma lista com apenas seis coisas para fazer. Depois de concluídas, poderá, então, fazer nova lista.

Podem ler a versão original do artigo aqui.

Pussy

A canção não é grande coisa. A letra é mázinha. Mas o clip é extraordinário! As personagens assentam que nem uma luva aos rapazes. E só tenho a dizer para concluir: quando o negócio da música deixar de dar eles podem dedicar-se à pornografia! Fica aqui então a versão CENSURADA da Pussy dos Rammstein (isto dito assim soa um bocado estranho....).




Já começo a ter uma ideia do que me espera no dia 8 do próximo mês no Pavilhão Atlântico...



Nota: O polémico clip pode ser visto aqui na versão não censurada. Fica o aviso de que o link vai dar a um site com conteúdo pornográfico.

O fim da semana

Eu estou tão cansada...

Nas últimas três semanas têm-se sucedido as avaliações (fichas e testes) das turmas do Curso de Apoio à Clínica Dentária (ainda falta uma turma fazer o último teste relativo ao primeiro momento de avaliação na próxima semana). A partir da próxima quarta-feira começarão também os testes na escola. No meio de tudo isto há que preparar as actividades para as aulas e estabelecer os contactos para a visita de estudo que, por enquanto, ainda se encontra em banho-maria.

Apesar dos reveses tecnológicos tem sido possível dar as aulas com as mínimas condições. Os alunos vão cooperando, umas vezes mais, outras menos. As turmas mais difíceis são as que tinha detectado inicialmente: 7.º e 10.º ano. Contudo, ainda espero que pelo menos a do 10.º se venha a tornar uma boa turma em vários aspectos. Confesso que não tenho grande paciência (tenho de me esforçar e arranjar um pouco mais) para os mais pequenos: passam a vida a fazer queixinhas e são muito irrequietos e um ou outro já teve a infelicidade de dar uma má resposta, o que valeu repreensões escritas e orais.

O mais importante é que é possível, de uma forma geral, trabalhar com estes miúdos . E isso dá-me muita satisfação. Não ando contra-feita. Não me sinto stressada. Talvez se adivinhe um ano positivo no que diz respeito a trabalho.

E agora vou comer a sopa e relaxar. O fim-de-semana está à porta!

Menina de coro

Na próxima semana passarei a integrar o coro da escola. Isto caso não mude de ideias até lá! :-D

O boicote continua...

Na escola as novas tecnologias continuam a não querer colaborar. Haviam de ter visto a minha cara de parva quando dei conta que o cabo de ligação ao portátil tinha um pin todo torcido. Não houve apresentação powerpoint para ninguém!

Acendam uma vela

Numa sociedade dita civilizada é uma vergonha, por isso a minha proposta é:

Acendam uma Vela

Manobras de Diversão

Tudo indica que serei vacinada, fica, contudo a nota: contra a minha vontade.

Artigo interessante sobre a questão "vacinar ou não vacinar?" segue-se aqui: Swine Flu: What to do?

Tudo indica também que há laboratórios a facturar milhões com toda esta histeria da gripe. Os Media vão também na onda, criando assim manobras de diversão... Ainda se lembram do caso da Casa Pia? Não é incrível que um dos nomes envolvidos no caso tenha sido candidato à Câmara de Almada e que nos artigos que li sobre o senhor não haja nenhuma referência ao envolvimento do dito no caso, nem mesmo para indicar a eventual injustiça de que o senhor tenha sido alvo?

Nick Cave voltou aos romances

Quem conhece minimamente a mestria de Cave em termos de composição musical reconhecerá certamente o seu valor não só no mundo dos sons mas também no das palavras. O que eu desconhecia é que Cave além de ser um letrista brilhante é também romancista. 20 anos depois do seu primeiro romance, E o Burro Viu o Anjo, surge agora A Morte de Bunny Munro. A tomar nota.

Um clássico

Ontem por cinco euros consegui um clássico do cinema: The Rocky Horror Picture Show. O visionamento deste filme na Cinemateca há largos anos proporcionou-me uma das melhores experiências cinematográficas de sempre com a inesquecível interacção do público. Vê-lo no pequeno écrãn não me proporcionará o mesmo gozo, mas trar-me-á, certamente, momentos muito aprazíveis!

Sabotagem Tecnológica

Esta semana as novas tecnologias e suas variantes sabotaram-me várias aulas. Preparei um ficheiro powerpoint de propósito para a aula do 10.º ano e acabei por ter de recorrer ao quadro para fazer a sistematização das regras e uso dos artigos, isto porque o data show se recusou a apanhar o sinal. Ontem o meu portátil, que se tem portado bem em todas as aulas em que o tenho utilizado, resolveu não colaborar, o que me levou a atrasar consideravelmente o visionamento do documentário An inconvenient truth numa das turmas do 11.º. Uma aula por vezes já é bem difícil de gerir sem problemas tecnológicos por isso eu dispensava em absoluto a sabotagem de que eu e as minhas turmas fomos alvo nos últimos dias. Amanhã espero que o leitor de CDs não resolva fazer greve!

Uma questão de votos

Aborrece-me falar sobre política com a maioria das pessoas. Especialmente quando se chega à parte das confissões sobre "em quem é que vais votar?" porque na sua maioria as pessoas não estão preparadas para aceitar posturas diferentes das suas e tentam a todo o custo provar aos outros como estão errados na sua visão política e rematam sempre sempre com um conclusivo "tu não faças isso!" para impedir que o outro vote num partido e/ou candidato que não seja da sua preferência.

Pois bem, eu pessoalmente não simpatizo com o Primeiro Ministro. Acho-o arrogante na sua abordagem e julgo que o senhor confunde inflexibilidade e arrogância com firmeza. Esta postura faz-me lembrar a do nosso actual Presidente da República nos seus anos de Primeiro Ministro. Sendo essa também a razão pela qual o senhor Cavaco Silva nunca levou um voto da minha parte.

Aprecio Francisco Louçã e Paulo Portas por razões diversas. Tenho pena que por vezes as ideias postuladas pelo BE sejam algo extravagantes, o que me leva por vezes a hesitar se lhes devo atribuir o meu voto ou não.

Não me choca alguém dizer-me que vai votar neste ou naquele partido, neste ou naquele candidato. São as convicções políticas dessas pessoas. Há que respeitá-las ainda que com elas não concorde, isto porque gosto de acreditar que as pessoas que votam o fazem de forma consciente. Acreditam no seu direito e dever de votar. Exercem-no porque acreditam na mudança e na evolução deste nosso país.

Infelizmente há sempre por aí uma alminha que se acha mais capaz e mais iluminada do que todas as restantes e resolve por isso evangelizar as ovelhas tresmalhadas. São essas alminhas as que nunca, mas nunca, me convencem de nada.

Da exigência ou falta dela

No ano passado comprei um livro que após poucas páginas lidas coloquei de parte. Não me sentia motivada para ler e reflectir sobre a temática: Educar para o Optimismo. Peguei nele há dias e ia-me engasgando ao ler uma passagem.

Nos professores e pais, este pecado [da rigidez excessiva na arrumação, limpeza e organização] pode surgir na extrema exigência imposta a si mesmos, a alunos e filhos nestes domínios, ou até na imposição, na sala de aula ou em casa, de um grande nível de controlo, boas maneiras ou grandes silêncios - como se o barulho, o descontrolo dos educandos ou a "falta de educação" estragassem a organização necessária para funcionar.

Educar para o Optimismo
Helena Águeda Marujo, Luís Miguel Neto e Maria de Fátima Perloiro

Estes senhores psicólogos têm cá umas ideias...

Tudo o que é excessivo dá mau resultado, é certo, mas daí a achar-se que existe a possibilidade de uma aula funcionar com o barulho, o descontrolo dos alunos e a falta de educação... bem, os resultados viram-se no ano passado com metade de cada uma das duas turmas do 7.º ano a ficar retida e com a certeza de que os que transitaram para o 8.º ano para além de não terem ganho melhores maneiras ou educação também não ganharam muitos mais conhecimentos. Querem ver que se calhar não houve barulho nem falta de educação suficientes nas aulas!?

...

Como é possível que com 15h lectivas eu esteja enfiada na escola 23h (15h de componente lectiva + 3h de componente não lectiva + 5h de "furos" entre aulas) e, pior do que isso, que receba o ordenado equivalente a somente 15h!?