Tenho-me divertido na companhia de Edina e Patsy, a hilariante dupla de Absolutely Fabulous interpretada por Jennifer Saunders e Joanna Lumley. Movida pela curiosidade andei a pesquisar na net e acabei por descobrir que Dawn French (outra das minhas actrizes cómicas preferidas) e Jennifer Saunders participaram no clip Love Letters da talentosa Alyson Moyet. Eu conhecia o clip mas nunca havia antes percebido quem eram aquelas duas "parvas". Agora sei. São duas das mais brilhantes actrizes cómicas britânicas.
28.9.13
22.9.13
tubarões à solta
Nesta última sexta-feira, 20 de setembro, o SyFy ofereceu aos telespectadores um dos melhores serões de sempre com três filmes extraordinários:
Sharknado
O Ataque do Tubarão de Duas Cabeças
Mega Tubarão vs Crocossauros
Vi, entusiasticamente, os dois primeiros. Chegada ao terceiro já não aguentava; há um limite para qualquer ser humano, por muito boa vontade que tenha e mesmo sem ter mais do que fazer na vida, no que respeita a argumentos péssimos, interpretações medíocres e efeitos especiais do tempo da pedra. De todo o modo posso seguramente afirmar que Sharknado, em relação ao qual tinha elevadas expectivas, se revelou um excelente filme do género; foi bem melhor do que o que esperava. O momento alto do filme é a cena do final em que o herói da história se atira, de moto-serra em punho, para a boca do tubarão e momentos depois começa a serrar a barriga do bicho, nesta altura, imóvel no chão, e sai para fora para grande alegria dos filhos e ex-mulher, de seguida enfia um braço dentro da abertura na barriga do tubarão e puxa a jovem heroína que momentos antes havia sido engolida por esse mesmo tubarão. Depois de uns minutos de primeiros socorros prestados à jovem inanimada, eis que esta abre os olhos para gáudio dos presentes (telespectadores incluídos, obviamente). Espectacular!
O Ataque do Tubarão de Duas Cabeças apresenta-nos um tubarão de duas cabeças tal como o título do filme indica, que é provavelmente o animal mais faminto dos oceanos. Ao longo de todo o filme o tubarão come entre 15 a 20 pessoas sem nunca se sentir enjoado ou farto. Após um esquema extremamente elaborado e perfeitamente credível para um filme do género, sobrevivem dois dos estudantes, um rapaz e uma rapariga, nas rochas de um atol que também se estava a afundar tornando a vida mais complicada aos protagonistas.
17.9.13
leituras
Tenho aproveitado para pôr leituras em dia embora tenha acabado por não me dedicar a nenhum dos clássicos que contava ler no início do verão. As minhas escolhas acabaram por ser, em paralelo às Crónicas do Gelo e Fogo (vou no 8.º e penúltimo volume), o interessante e útil Uma Mochila para o Universo de Elsa Punset, onde a autora nos apresenta 21 roteiros para percebermos as nossas emoções e assim aprendermos a lidar com elas, e ainda o fantástico London Lore de Steve Roud sobre lendas e mitos da maravilhosa Londres ao longo dos séculos.
16.9.13
o desencanto deprimente da neurose
Aproveitei e dei um salto ao cinema. para ver Blue Jasmine de Woody Allen. A maior razão que me fez optar por este filme e não outro foi a Cate Blanchett, a maravilhosa, encantadora, talentosa e soberba Cate Blanchett. Tanta elegância e tanta classe numa pessoa só! A sua interpretação é espantosa num filme interessante, neurótico e deprimente que nos conta a história de duas irmãs cada qual lidando com a sua realidade de forma peculiar. Jasmine, interpretada por Cate Blanchett, alheia-se da realidade e refugia-se num mundo de ilusões por si inventado, acabando inevitavelmente por ser engolida pela sua derrota pessoal, emocional e também financeira. Até dada altura do filme achamos que Jasmine se "salvará", mas o terrível final no qual ela se encontra sentada no banco completamente só e abandonada, entregue à sua debilidade mental é de cortar o coração e é aí que constatamos que Jasmine se encontra irremediavelmente perdida.
15.9.13
dão-se corações
Já há largos meses que sinto uma grande necessidade de ter tempo para mim. Gosto de estar sozinha, entregue aos meus pensamentos e às minhas coisas e não me sinto só. Preciso desse tempo para reflectir e concentrar-me no que é efectivamente importante e necessário para mim. Contudo, esta necessidade de estar só comigo obriga-me a afastar-me dos outros. Consequentemente, não procuro os meus amigos, não promovo encontros com gente conhecida e começo a perceber que isso talvez não seja muito sensato da minha parte.
O contacto com os outros é importante para o nosso crescimento emocional e intelectual. No seguimento desta constatação fui hoje tomar um café com uma moça minha conhecida desde os tempos da faculdade. Conheci-a através do meu irmão e sempre mantive com ela boas relações. Não me arrependi: passámos duas horas muito agradáveis na conversa sobre variados temas e percebi como sabe bem estar na companhia de alguém que não eu.
Gostaria de me entregar mais aos outros e de ser mais disponível. Foi o que constatei. E nem a propósito ao passear hoje junto à marginal dei com corações colados nos sinais.E disse para mim: "Olha, dão-se corações."
7.9.13
arrumações ao passado
Na semana passada estive a arrumar algumas caixas minhas com tralhas velhas em casa da minha mãe. Acabei por deitar algumas coisas fora e trouxe outras tantas para minha casa, tudo papelada. Encontrei as coisas mais incríveis: recadinhos, cartinhas e desenhos de colegas de escola (muitos datados de 1987); desenhos do meu afilhado quando tinha 5 anos e de uma prima quando teria mais ou menos a mesma idade. Um cartão de parabéns e carta da minha turma 9.º C da Cidadela (de 2001). Uma das turmas com a qual mais orgulho tive em trabalhar. Textos escritos por amigos da Faculdade, aforismos e citações escritos por amigas de adolescência. Enfim, um rol de tesouros que só visto! Encontrei também bilhetes antigos de jogos de futebol e de concertos.
Entretanto dei também com os meus caderninhos de notas das viagens e resolvi organizar essas notas transcrevendo-as para um novo caderno e adicionando informações que me tenham falhado inicialmente. Comecei pela Hungria/Aústria, viagem maravilhosa em 2009 na companhia do ZP. Espero que o ânimo e entusiasmos iniciais não me abandonem. Seria uma ideia gira depois de todas as notas organizadas e compiladas passa-las eventualmente para um blogue. A ver vamos se a ideia se concretiza.
Pus-me a pensar que é inacreditável a quantidade de coisas que uma pessoa acumula ao longo dos anos. E é surpreendente que parte desse espólio de memórias sejam papel e cartão. E pensei também que talvez com o maior uso das novas tecnologias passemos a ter menos destas memórias guardadas em caixas e caixinhas, o que, em certa medida, será uma pena.
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