Tenho aprendido muito sobre a impermanência e a efemeridade nesta vida. E a par disso sobre a relatividade de tudo, os nossos sentimentos e as nossas emoções incluídos. Se nos despirmos totalmente de amarras emocionais percebemos que aceitamos o que nos acontece. E pensar como tudo é efectivamente relativo ajuda-nos a seguir, a dar um novo passo e a continuar a nossa jornada.
Num ápice tudo muda. Cabe-nos a nós ver o bom dessa mudança. Existe sempre uma nova oportunidade de nos reinventarmos, de melhorarmos o ser que somos, de, no fundo, nos amarmos. Essa, sim, é a condição chave para alcançar a plenitude: amarmo-nos incondicionalmente, aceitando as nossas virtudes assim como as nossas falhas, mas com a promessa e o propósito firme de sermos mais e melhor.
Alguém me disse há cerca de um par de anos "quero que sejas mais". Eu acredito que assim fosse, sinceramente. Mas por detrás desse "quero que sejas mais" estava a não aceitação da minha essência e isso é algo com que eu jamais poderia pactuar.
Contudo, a grande verdade é que EU quero ser mais, e quero-o mais do que a pessoa que mo disse. E esse querer está impresso em tudo o que faço na vida desde o levantar-me da cama, ao entregar-me às minhas tarefas com satisfação, até ao deitar-me à noite na cama a pensar que foi mais um dia em que alcancei um pouco mais.