Estou mesmo cansada. Isto de ser dona de casa a tempo inteiro mais acção de formação das 9 às 5 (finalizando o dia com uma horita de explicação) está a dar cabo de mim.
A minha carreira de dona de casa irá prolongar-se durante mais algum tempo; a minha mãe foi, no espaço de 3 semanas, vista por um terceiro médico que lhe disse que ficaria até ao final de Julho com a tala em gesso.
Por outro lado, a carreira empresarial deixa muito a desejar e já se passaram algumas coisas caricatas que apenas reforçaram a minha ideia de os Portugueses serem, na sua maioria, um bando de carneiros e camelos ou, talvez, uma raça híbrida entre uns e outros.
A afirmação anterior carece de explicação. Por isso, passo a explicar-me: ontem fomos visitados pelo coordenador que nos perguntou se estava tudo a correr bem. Não é que esteja a correr mal mas eu tinha uma palavrinha a dizer. Somos 13 pessoas na turma e existem 12 computadores e adivinhem quem é o 13º elemento que não tem computador? Adivinharam! Como comecei a formação com dois dias de atraso, por ter sido contactada depois da mesma ter iniciado, não tive ocasião de me agarrar a um dos computadores e marcá-lo com um X para demarcar o meu sentido de propriedade como algumas colegas, as eternas secretárias, fizeram.
Achei por bem expressar o meu descontentamento junto do senhor coordenador. O senhor deve ter achado que eu estava a pôr os seus poderes mágicos em causa e pôs-se logo na defensiva a dizer que éramos avaliados pelo trabalho em grupo e que quando ele tinha ido para o IEFP eram 13 pessoas para um computador (se eu às vezes não fosse tão insensível teria vertido umas lágrimas por ele ao som de "Tenho uma lágrima no canto do olho, tenho uma lágrima no canto do olho"). Adiante. Fiquei tão embasbacada que nem me lembrei de dizer que não achava que ficar a olhar para um computador enquanto um colega elaborava o seu panfleto sobre um produto (actividade individual) e não poder fazer o meu estava longe de ser trabalho em grupo; apenas disse que a avaliação tinha vários pârametros e que tinhamos de desenvolver uma série de trabalhos em conteúdos complexos e que dificilmente os conseguiria acompanhar naquelas condições. Mas ele demonstrou muito pouca simpatia pela minha trágica situação. Eis que uma das colegas diz: "Ai, eu até gosto de trabalhar em grupo!" E mal ela acaba a frase quase ceguei com o brilho nos sapatos do senhor coordenador. Subiram-me assim uns sentimentos muito pouco católicos pelo corpo todo, mas lá consegui obrigar-me a ficar calada em vez de lhe dizer: "Então se gostas tanto de trabalhar em grupo passas a partilhar o computador com outro colega e eu fico com um só para mim."
Esta menina, do grupo das três secretárias muito queques, chegou ontem atrasada, pelo que perguntei ao formador se poderia adiantar trabalho naquele pc vago. Ele não se opôs. Hoje, a menina chegou novamente atrasada, mas antes enviou sms a outra das secretárias a pedir para não deixar que ocupassem o computador dela (informação obtida por uma das colegas com a qual fiz a acção de TIC no ano passado e que se encontra sentada junto ao trio do secretariado)! Dela? Então a rapariga já se apropria assim do hardware alheio? A gaja gosta de trabalhar em grupo e fica nervosa pelo facto de o computador vir a ser ocupado por outra pessoa?
O formador de IBI é um porreirão e acabei por lhe contar as minhas reinvindicações junto do coordenador no dia anterior. Concluí brilhantemente: se isto é só para nos manterem entretidos então, está-se bem, as condições são perfeitas porque isto é só para entreter, mas se de facto se pretende dar formação adequada às pessoas têm de ser criadas as condições para tal. Ele é da mesma opinião.
Há males que vêm por bem. Nem a propósito a minha mãe ofereceu-me um portátil, compra que já pretendia fazer há dois anos. Agora vou toda peneirenta com o "pêcêmóbil" atrás. Foi um bocado complicado acompanhar os exercícios de impressão em série e a construção da base de dados usando o Office 2007, mas lá consegui fazer algumas coisas. Acho que vou conseguir consolidar conhecimentos e adquirir outros tantos, mas estar no meio daquele rebanho vai certamente fazer-me mal à saúde.
A minha carreira de dona de casa irá prolongar-se durante mais algum tempo; a minha mãe foi, no espaço de 3 semanas, vista por um terceiro médico que lhe disse que ficaria até ao final de Julho com a tala em gesso.
Por outro lado, a carreira empresarial deixa muito a desejar e já se passaram algumas coisas caricatas que apenas reforçaram a minha ideia de os Portugueses serem, na sua maioria, um bando de carneiros e camelos ou, talvez, uma raça híbrida entre uns e outros.
A afirmação anterior carece de explicação. Por isso, passo a explicar-me: ontem fomos visitados pelo coordenador que nos perguntou se estava tudo a correr bem. Não é que esteja a correr mal mas eu tinha uma palavrinha a dizer. Somos 13 pessoas na turma e existem 12 computadores e adivinhem quem é o 13º elemento que não tem computador? Adivinharam! Como comecei a formação com dois dias de atraso, por ter sido contactada depois da mesma ter iniciado, não tive ocasião de me agarrar a um dos computadores e marcá-lo com um X para demarcar o meu sentido de propriedade como algumas colegas, as eternas secretárias, fizeram.
Achei por bem expressar o meu descontentamento junto do senhor coordenador. O senhor deve ter achado que eu estava a pôr os seus poderes mágicos em causa e pôs-se logo na defensiva a dizer que éramos avaliados pelo trabalho em grupo e que quando ele tinha ido para o IEFP eram 13 pessoas para um computador (se eu às vezes não fosse tão insensível teria vertido umas lágrimas por ele ao som de "Tenho uma lágrima no canto do olho, tenho uma lágrima no canto do olho"). Adiante. Fiquei tão embasbacada que nem me lembrei de dizer que não achava que ficar a olhar para um computador enquanto um colega elaborava o seu panfleto sobre um produto (actividade individual) e não poder fazer o meu estava longe de ser trabalho em grupo; apenas disse que a avaliação tinha vários pârametros e que tinhamos de desenvolver uma série de trabalhos em conteúdos complexos e que dificilmente os conseguiria acompanhar naquelas condições. Mas ele demonstrou muito pouca simpatia pela minha trágica situação. Eis que uma das colegas diz: "Ai, eu até gosto de trabalhar em grupo!" E mal ela acaba a frase quase ceguei com o brilho nos sapatos do senhor coordenador. Subiram-me assim uns sentimentos muito pouco católicos pelo corpo todo, mas lá consegui obrigar-me a ficar calada em vez de lhe dizer: "Então se gostas tanto de trabalhar em grupo passas a partilhar o computador com outro colega e eu fico com um só para mim."
Esta menina, do grupo das três secretárias muito queques, chegou ontem atrasada, pelo que perguntei ao formador se poderia adiantar trabalho naquele pc vago. Ele não se opôs. Hoje, a menina chegou novamente atrasada, mas antes enviou sms a outra das secretárias a pedir para não deixar que ocupassem o computador dela (informação obtida por uma das colegas com a qual fiz a acção de TIC no ano passado e que se encontra sentada junto ao trio do secretariado)! Dela? Então a rapariga já se apropria assim do hardware alheio? A gaja gosta de trabalhar em grupo e fica nervosa pelo facto de o computador vir a ser ocupado por outra pessoa?
O formador de IBI é um porreirão e acabei por lhe contar as minhas reinvindicações junto do coordenador no dia anterior. Concluí brilhantemente: se isto é só para nos manterem entretidos então, está-se bem, as condições são perfeitas porque isto é só para entreter, mas se de facto se pretende dar formação adequada às pessoas têm de ser criadas as condições para tal. Ele é da mesma opinião.
Há males que vêm por bem. Nem a propósito a minha mãe ofereceu-me um portátil, compra que já pretendia fazer há dois anos. Agora vou toda peneirenta com o "pêcêmóbil" atrás. Foi um bocado complicado acompanhar os exercícios de impressão em série e a construção da base de dados usando o Office 2007, mas lá consegui fazer algumas coisas. Acho que vou conseguir consolidar conhecimentos e adquirir outros tantos, mas estar no meio daquele rebanho vai certamente fazer-me mal à saúde.
5 comments:
Lollolollolollollll :D são mesmo um bando de camelas :D
Do q eu m livrei :P
Mil vezes a "Gollum", ou mil "Golluns".....
Pelo menos ganháste um portátil na hora certa, as "gajas" devem-se estar a roer de inveja lololloll
beijinhos :)
Gostei da imagem dos carmelos (híbrido entre carneiros e camelos). Infelizmente, o tipo de coisas que relatas é tão comum...
Finalmente percebi porque me sentia sempre tao em casa em Portugal... a unica diferenca é as pessoas falarem uma lingua diferente...
Dá-les miga, q sem porrada nã se resolve nada hoje em dia.
Bjs e caga pá formação, qu'isso é só para encher chouriços.
Parte a formação toda..."Neubauten" para cima das gajas... :-)
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