A minha vida é um campo de batalha

O dia a dia é uma sucessão de actividades enervantes. A ida para a escola e o acordar já mal-disposta ao pensar que terei perante mim uma turma com 4 elementos verdadeiramente ANORMAIS capazes de fazerem perder a paciência ao santo mais paciente. Só como exemplo: duas das criaturas romperam a tenda do Planetário Móvel no dia 31. Felizmente não fui eu a professora a acompanha-los. Levei os outros que, comparados com estes, se devem ter portado que nem uns santos, mas apesar disso também lhes fiz uma participação devido às constantes interrupções e a falta de respeito demonstrada para com o trabalho da pessoa que estava a fazer a apresentação do Planetário. Na 3ª feira marquei duas faltas disciplinares, hoje foram mais três. O primeiro telemóvel já seguiu para o CE; que vá lá o Encarregado de Educação buscá-lo, se quiser.

De facto nem sei porque o comportamento disfuncional destas crianças me surpreende tanto... ontem quando regressava da escola no autocarro o motorista, para além de ter estado a falar ao telemóvel enquanto conduzia, deixava escapar o seu vocabulário mais erudito em conversa com um colega que seguia de pé a seu lado: "o cabrão isto. O filho da puta aquilo". E como se isso não fosse suficiente para me enojar a mim e outros passageiros ainda gritou "O que é que queres, ó velha do caralho?" ao ver um carro com um casal de idosos que pretendia atravessar-se frente ao autocarro.

Este homem, sendo pai de alguém, há-de ser um exemplo claro dos muitos encarregados de educação que se acham no direito de vir ditar ordens e dar bitaites aos professores e que têm o desplante de se acharem dignos de nos avaliar. Eu só tenho isto a dizer: Por acaso! Antes um Insuficiente a ser avaliada por um qualquer energúmeno.