O Seminário subordinado ao tema "Violência Escolar" teve bons e maus momentos, mas no geral nota muito positiva. Dos oradores presentes apreciei muito as intervenções do Dr. Celso Manata (Procurador da República e Coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa) e do Prof. Doutor Carlos Poiares (Professor Catedrático de Psicologia na Universidade Lusófona). Apreciei também as intervenções de Tiago Ramalho (Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Daniel Sampaio) e da Subintendente Virgínia Oliveira (Chefe da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP). Notas menos positivas para o Prof. Doutor Daniel Sampaio (com o devido respeito pelos conhecimentos científicos do senhor, mas não há pachorra para ouvir aquela conversa) e para a Dra. Laura Santos (Membro da Equipa Técnica de Apoio à Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em perigo), a qual não nasceu com o mínimo dom da palavra e que se cingiu a ler (mal) o texto que, julgo, terá sido escrito pela própria.
Vivemos numa sociedade em permanente mudança com pais sem tempo para os filhos que insistem em pedir à escola que desempenhe também o seu papel; temos estruturas e infra-estruturas que funcionam mal; as escolas não têm muitas vezes meios nem estratégias para darem resposta aos problemas que nela se registam e que, como muito bem foi mencionado por vários dos oradores, começa fora da escola. Mencionados também foram a falta de valores e o sentimento de impunidade de muitos que cometem agressões e são protagonistas de actos de indisciplina. Contudo, é possível fazer algo; para tal será necessário que Pais, Escola, Polícia, no fundo toda a comunidade, se envolva e se responsabilize e que os jovens, para além de serem ouvidos, sejam também responsabilizados e não apenas punidos pelos seus comportamentos.
Em Inglaterra já se deu um passo em frente com os chamados managed moves, que permitem dar um percurso alternativo escolar a alunos com comportamentos disruptivos, evitando-se a opção da exclusão. Trata-se de um processo que a avaliar pelo livro de Adam Abdelnoor tem obtido níveis de sucesso muito satisfatórios.
Em Portugal fala-se em Currículos Alternativos, que, a meu ver, continuam a não ser uma alternativa eficaz para os problemas verificados em muitas das nossas escolas.
Vivemos numa sociedade em permanente mudança com pais sem tempo para os filhos que insistem em pedir à escola que desempenhe também o seu papel; temos estruturas e infra-estruturas que funcionam mal; as escolas não têm muitas vezes meios nem estratégias para darem resposta aos problemas que nela se registam e que, como muito bem foi mencionado por vários dos oradores, começa fora da escola. Mencionados também foram a falta de valores e o sentimento de impunidade de muitos que cometem agressões e são protagonistas de actos de indisciplina. Contudo, é possível fazer algo; para tal será necessário que Pais, Escola, Polícia, no fundo toda a comunidade, se envolva e se responsabilize e que os jovens, para além de serem ouvidos, sejam também responsabilizados e não apenas punidos pelos seus comportamentos.
Em Inglaterra já se deu um passo em frente com os chamados managed moves, que permitem dar um percurso alternativo escolar a alunos com comportamentos disruptivos, evitando-se a opção da exclusão. Trata-se de um processo que a avaliar pelo livro de Adam Abdelnoor tem obtido níveis de sucesso muito satisfatórios.
Em Portugal fala-se em Currículos Alternativos, que, a meu ver, continuam a não ser uma alternativa eficaz para os problemas verificados em muitas das nossas escolas.
Children at risk of exclusion are generally educationally disadvantaged by 'social and relational disability' -- that is their relationships tend to be dysfunctional. Such disability is usually associated with social deprivation, poor parenting and nurturing, serious developmental needs and specific disorders such as autism.(...)
But it is not realistic to argue that children can stay in class no matter what -- sometimes relations within a school break down completely. (...) There are also times when the needs of the majority of children and staff in a school outweigh the needs of an individual.
Managed Moves, Adam Abdelnoor
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