25.11.12

o que conta

Ao olhar para a barra lateral do blogue reparei que em 2011 se registaram apenas duas entradas em janeiro. Essa pausa foi necessária e confesso que ao anunciar na altura a morte deste blogue não julgava regressar. Mas regressei e ao ler posts antigos vou achando piada à forma como a minha vida evoluiu nestes últimos anos. Tantas experiências ricas vividas. Tantos encontros e re-encontros. Tantos erros cometidos. Os mesmos; uma e outra vez. E tantos desencontros. E, contudo, é nessa disparidade que encontro o equilíbrio. Umas coisas acontecem para dar seguimento a outras. Só assim a vida faz sentido.

É de sentido que nós precisamos porque, mesmo que o neguemos, nós somos frágeis e as teias de relações que nos unem são igualmente frágeis e somente o sentido poderá trazer esperança para que possamos manter os elos que nos ligam uns aos outros.

Somos frágeis porque temos medo. Temos medo de tudo. Temos medo da própria vida, mais do que da morte. Temos medo de ser felizes, temos medo de ser amados, temos medo de amar. Temos medo porque tudo é efémero, tudo é perene, momentâneo.

Mas é esse momento que conta por mais breve e fugaz que seja.

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