Tive esta semana uma experiência diferente: vigiei a prova final de Português do 4.º ano. Segue-se sexta-feira, nova dose, desta com a vigilância da prova final de Matemática.
Gostei francamente de vigiar a prova destes pequeninos. Portaram-se lindamente e para tal contribuíram as personalidades fantásticas dos petizes e o trabalho excelente que a professora dos alunos tem com eles feito; há que atribuir certamente também louvores aos progenitores.
Vejamos: estes pequenos quando se apresentaram junto à porta da sala onde iam realizar o exame encontravam-se em fila indiana pela ordem da pauta de chamada. Todos tinham duas ou três esferográficas de tinta preta (não sei porque razão mas as provas de 4.º ano só podem ser realizadas com esferográfica de tinta preta) e como sabiam que não podiam usar lápis na prova nem sequer tinham consigo um lápis; também não se fizeram acompanhar de tinta ou fita correctora por saberem que tal também não é permitido. Quando lhes foi lembrado que se tivessem telemóveis deveriam desligá-los e coloca-los na mesa vaga para o efeito, um colocou o braço no ar e disse: "A nossa professora disse para não trazermos o telemóvel." E depois acrescentou: "E na nossa escola os telemóveis são proibidos."
Pessoalmente acho estas provas uma violência. Acho que no máximo deveriam durar 60 minutos com os 30 de tolerância e deveriam ser realizadas na própria escola dos alunos. A primeira parte da prova continha dois textos enormes e na minha humilde opinião bastaria um para fazer o trabalho de compreensão e interpretação e depois sim uma parte da prova deveria ser de aplicação da língua. A segunda parte da prova pareceu-me muito bem com a proposta de produção de uma história.
Mas afinal quem sou eu para opinar, certo?
Seja como for o resultado desta primeira vigilância foi francamente positivo. Quem me dera que os alunos do secundário tivessem o brio e as boas maneiras destes pequenos quando se apresentam a exame.
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