O Bruno não era meu amigo. Viviamos no mesmo prédio. Conhecia-o desde pequeno. Era mais novo do que eu. Tudo indicava que o Bruno teria uma vida plena e abastada. Pelo menos a família poderia proporcionar-lhe uma educação que muitos outros apenas poderiam sonhar. Mas o Bruno morreu aos 35 anos de idade depois de uma vida de drogas e de outros excessos. Caíu na rua e assim ficou retido na memória de quem o conheceu. A sua mãe constatou: "Estou sozinha. Completamente sozinha."
Como custa olhar os olhos de uma mãe que sofre a perda de um filho. É um olhar que nos rasga a alma. Embora o Bruno não fosse meu amigo e embora eu não professe nenhuma religião em particular ainda assim desejo paz à sua alma. E paz de espírito igualmente para a sua mãe. Agora, sozinha.
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