O ritmo de trabalho tem sido alucinadamente intenso. Por essa razão acabei por pôr de parte a escrita dos blogues. Sinto, por outro lado, que a manutenção dos mesmos faz cada vez menos sentido para mim e o mais certo é que ainda este ano os venha a cancelar permanentemente. Procuro novos caminhos e novos desafios.
O melhor da nova escola são os alunos. São no geral adolescentes mais simpáticos e mais bem educados do que os que tenho apanhado ao longo de todos estes anos de ensino. Isto, generalizando, obviamente. Os colegas são prestáveis na sua maioria. A coordenadora do grupo disciplinar de Inglês é fantástica. A escola não funciona bem melhor nem pior do que as outras onde estive. Tem coisas melhores e tem outras piores. Mas de um modo geral gosto muito do ambiente e do espaço e das pessoas.
Raramente há situações de stress em sala de aula, embora tenha alguns alunos bem cansativos. Dado que terei uma média de 95% de rapazes poder-se-á imaginar a quantidade de energia acumulada no confinado espaço da sala de aula. Tudo tem corrido bem e alguns dos alunos já expressam o seu desejo de eu continuar com eles no próximo ano. Se o universo assim o quiser, assim será.
Os últimos meses têm sido quase exclusivamente dedicados ao trabalho, mas tem havido alguns momentos dedicados à família e amigos e, acima de tudo, muito tempo dedicado a mim mesma. Se noutros tempos o estar sozinha era significado de tortura para mim, actualmente estar sozinha é para mim uma oportunidade de não só descansar com qualidade do intenso ritmo que tenho levado, mas também o de ter oportunidade de gozar da minha própria companhia como nunca antes na vida o fiz sem me sentir só. É um sentimento novo e absolutamente maravilhoso. E ainda tenho a vantagem de ter uma companheira de três patas que ronrona por tudo e por nada e a quem tenho de dedicar alguma atenção.
A vida tem-me tratado bem. Mas a grande verdade é que eu também tenho tratado muito bem a minha vida!
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