Na minha segunda saída de rua, novamente para a Gare do Oriente, tive a oportunidade de conversar com pessoas "novas". O mesmo sentido de solidão mas com muita gratidão. Foi curioso ver tanta gente, desta vez, a dirigir-se aos voluntários espontaneamente para conversarem ou pedirem chá ou , até mesmo, um par de meias.
Tanta gente com a vida em estilhaços, mas com tanta força e esperança de um dia conseguirem dar a volta e sentirem-se novamente gente. Existem até alguns talentos ocultos. Foram várias as pessoas que declamaram poemas. Um cantou canções de sua autoria. E nós, os voluntários, o público possível num espectáculo de humanidade, de compaixão e empatia.
No final da noite: os agradecimentos deles e os nossos.
E o meu desejo no regresso a casa: que a vida possa ser mais gentil com aquelas pessoas.
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