É pouco comum verem-se figuras obesas nas produções televisivas e cinematográficas, mas há tempos achei interessante na série Rescue Me ter surgido, a dada altura, uma personagem feminina com uns quilogramas a mais do que é permitido pelas leis sociais e televisivas. Embora interessante o romance com um dos bombeiros do dito quartel, na verdade o único com um comportamento "normal", achei estranho apresentarem a moça como mais uma mulher gorda mal consigo mesma e com o seu corpo, vendo-se forçada a vomitar após cada refeição.
Recentemente pus-me a considerar as diferenças existentes entre esta personagem da série americana e a Lindsay, uma das professoras da série britânica Teachers, e a absolutamente deliciosa Dawn French no seu papel de vigária de Dibley. E as diferenças são efectivamente muitas.
Ao contrário da gordinha coitadinha de Rescue Me, Lindsay e a vigária são personagens que se sentem bem consigo mesmas e com os outros, sem complexos, inteligentes e muito divertidas. Pergunto-me se acaso isto será um reflexo da forma como os gordos são encarados em ambas as culturas ou a forma como eles próprios querem ser vistos? Os programas da Oprah e do Dr Phil ajudam a sustentar a ideia do gordo coitadinho, que sofre por não ter a imagem socialmente aceite com toda aquela gente, que as câmaras focam, sempre a fungar e a assoar o ranho do nariz enquanto choram as suas mágoas.
Reparem nos anúncios a passar actualmente na nossa TV: Coca Cola sem açucar, cerveja Super Bock com menos calorias, tisana Pleno com apenas 7 ou 9% de calorias, cremes para acabar com os pneus, a celulite, mais isto e aquilo para se ter o corpo ideal para a época balnear que está aí às portas. Toda a campanha publicitária assenta nessa ideia comum: um corpo esbelto a respirar saúde o que, a consumir a coca cola, cerveja e tisanas com todos aqueles aditivos artificiais, ainda que com menos calorias, me parece altamente improvável de se atingir.
Parece-me natural preocuparmo-nos com a nossa saúde e o nosso bem-estar e, nem mesmo eu com todos os meus kilogramas a mais, acho verdadeiro o ditado "gordura é formosura", mas a obsessão que se vive há largas décadas com a imagem é um sintoma de uma sociedade doente e artificial exactamente por se tratar de uma obsessão e não de uma preocupação genuína. De que vale depois andarem todos encharcados em Xanax e Prozac?
É importante sermos e sentirmo-nos saudáveis. Promovamos a prática regular do exercício. Por isso mexam-se, andem, subam escadas, passeiem, dancem quer sejam magros, gordos ou assim-assim, mas acima de tudo aceitem-se e amem-se tal como são.
Recentemente pus-me a considerar as diferenças existentes entre esta personagem da série americana e a Lindsay, uma das professoras da série britânica Teachers, e a absolutamente deliciosa Dawn French no seu papel de vigária de Dibley. E as diferenças são efectivamente muitas.
Ao contrário da gordinha coitadinha de Rescue Me, Lindsay e a vigária são personagens que se sentem bem consigo mesmas e com os outros, sem complexos, inteligentes e muito divertidas. Pergunto-me se acaso isto será um reflexo da forma como os gordos são encarados em ambas as culturas ou a forma como eles próprios querem ser vistos? Os programas da Oprah e do Dr Phil ajudam a sustentar a ideia do gordo coitadinho, que sofre por não ter a imagem socialmente aceite com toda aquela gente, que as câmaras focam, sempre a fungar e a assoar o ranho do nariz enquanto choram as suas mágoas.
Reparem nos anúncios a passar actualmente na nossa TV: Coca Cola sem açucar, cerveja Super Bock com menos calorias, tisana Pleno com apenas 7 ou 9% de calorias, cremes para acabar com os pneus, a celulite, mais isto e aquilo para se ter o corpo ideal para a época balnear que está aí às portas. Toda a campanha publicitária assenta nessa ideia comum: um corpo esbelto a respirar saúde o que, a consumir a coca cola, cerveja e tisanas com todos aqueles aditivos artificiais, ainda que com menos calorias, me parece altamente improvável de se atingir.
Parece-me natural preocuparmo-nos com a nossa saúde e o nosso bem-estar e, nem mesmo eu com todos os meus kilogramas a mais, acho verdadeiro o ditado "gordura é formosura", mas a obsessão que se vive há largas décadas com a imagem é um sintoma de uma sociedade doente e artificial exactamente por se tratar de uma obsessão e não de uma preocupação genuína. De que vale depois andarem todos encharcados em Xanax e Prozac?
É importante sermos e sentirmo-nos saudáveis. Promovamos a prática regular do exercício. Por isso mexam-se, andem, subam escadas, passeiem, dancem quer sejam magros, gordos ou assim-assim, mas acima de tudo aceitem-se e amem-se tal como são.
5 comments:
Enquanto não for um problema de saúde e a pessoa se sentir bem consigo mesma, o peso não deve ser relevante.
Adorei o q escreveste!!!Tens TODA a razão!!!
Beijinhos :)
Eu até há bem pouco tempo não em importava com a gordura, nem com a minha nem com a dos outros, mas agora olho para mim e queria ser mais sexy...provavelmente é da idade...ou de ter visto a Oprah e o Dr. Phil e o Extreme makeover...tudo isso vai influenciando mesmo sem darmos por isso...mas gostava de ter a forma que já tive...por outro lado há certos prazeres que não sou capaz de abdicar...um chocolatinho e tal, um gelado...por isso...vou ficando mesmo assim que a vida é curta para perdermos tempo em ficar obcecados!
;)
Isso mesmo, Kruella!
E, já agora, se olhares bem para ti vais encontrar a mesma mulher sexy do passado. Ela está lá! ;)
Embora a sociedade diga que uma mulher com peso a mais não é, ou não pode ser, sexy, lembremo-nos que o ser-se sexy é, em grande parte, ATITUDE e não aspecto. :)
Post a Comment