Recentemente fiquei a saber que uma pessoa com a qual me relacionei no passado casou e será pai em breve. Nada disso me surpreendeu. No fundo parece que a ordem natural das coisas (o que quer que isso seja) implica o casamento, ou pelo menos o ajuntamento, e consequentemente os filhos. Do meu círculo de amigos há algumas pessoas casadas - bem poucas na verdade - sendo a maioria solteira. E eu pertenço ao clube dos solteiros. Estou há um ano e meio envolvida com alguém emocionalmente, é certo, mas continuo a ter vida de solteira e planos de solteira. Portanto, o casamento e os filhos continuam a não fazer parte dos meus planos futuros. Nunca senti o chamamento maternal e confesso não querer essa responsabilidade.
Outra amiga minha está à espera do segundo filho, o que eu acho na realidade espantoso. E há meses falei com outra amiga que me confessou ter equacionado a hipótese do terceiro filho. E eu tenho pensado: com tanta gente a ter filhos, eu certamente não necessito de gerar os meus para perpetuar a espécie humana!
Claro que esta tomada de posição deixa os tios e as tias e restantes familiares um bocado à nora. Mas como é que eu lhes posso explicar, sem ofender ou ferir susceptibilidades, que eu não quero para mim a vida que eles escolheram!? Eu não quero centrar a minha vida em horários de limpezas da casa, confecção de refeições e idas ao supermercado. Não quero passar noites em claro a pensar se conseguirei o dinheiro para pagar o colégio do Bernardo ou onde vou arranjar o dinheiro para o aparelho da Madalena. Não quero passar parte da vida a trabalhar sem ter tempo para dedicar aos meus filhos. Em suma, não quero passar uma vida a transmitir as minhas frustrações aos meus filhos.
Para mim seria importante, diria mesmo essencial, oferecer a esperança de um mundo melhor aos meus filhos. Perante essa impossibilidade eu opto pelo meu direito a não tê-los.
Outra amiga minha está à espera do segundo filho, o que eu acho na realidade espantoso. E há meses falei com outra amiga que me confessou ter equacionado a hipótese do terceiro filho. E eu tenho pensado: com tanta gente a ter filhos, eu certamente não necessito de gerar os meus para perpetuar a espécie humana!
Claro que esta tomada de posição deixa os tios e as tias e restantes familiares um bocado à nora. Mas como é que eu lhes posso explicar, sem ofender ou ferir susceptibilidades, que eu não quero para mim a vida que eles escolheram!? Eu não quero centrar a minha vida em horários de limpezas da casa, confecção de refeições e idas ao supermercado. Não quero passar noites em claro a pensar se conseguirei o dinheiro para pagar o colégio do Bernardo ou onde vou arranjar o dinheiro para o aparelho da Madalena. Não quero passar parte da vida a trabalhar sem ter tempo para dedicar aos meus filhos. Em suma, não quero passar uma vida a transmitir as minhas frustrações aos meus filhos.
Para mim seria importante, diria mesmo essencial, oferecer a esperança de um mundo melhor aos meus filhos. Perante essa impossibilidade eu opto pelo meu direito a não tê-los.
5 comments:
Eu gostava de ter filhos, mas infelizmente a vida ainda não seguiu esse caminho.
Mas percebo totalmente quem não queira seguir esse caminho. E acho que não devia ser objecto de crítica e observação por parte dos outros ou exigir justificação.
As pessoas no geral sentem-se ofendidas ou partem imediatamente para críticas descabidas como se uma pessoa não tivesse o direito a não ter filhos, a não casar, etc. Haja gente como tu: com os horizontes largos!
Cada qual tem o direito de fazer a omelete que quer com os seus óvulos. :P Concordo contigo!
Olá!!!
Penso exactamente como tu, e tb não tenho filhos nem os tenciono ter.
É uma opção de vida como outra qualquer, e se as pessoas não respeitam isso é porque também provalvelmente não respeitam outro tipo de coisas.
Há que aceitar as escolhas dos outros ainda que essas escolham não façam muito sentido para cada um de nós.
É isso mesmo: respeito acima de tudo pelas escolhas de cada um.
Meninas, obrigada pelos comentários e partilha de opiniões. :)
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