30.5.13

3

A 3 semanas do final das aulas pediram-me para assegurar as aulas de 3 turmas de 8.º ano de uma colega que teve de meter atestado médico. Apesar de serem apenas 3 semanas fará uma diferença em termos de ordenado. Existe também a possibilidade de após o término das aulas vir a dar umas aulas extra a algumas turmas do 9.º ano. Será um trabalho interessante a desenvolver. Entretanto consegui arranjar um grupo de 3 alunos para terem 3 horas semanais de aulas de inglês com especial destaque para a conversação. Parece, pois, que o universo destacou o número 3 para estas bandas.

26.5.13

Manta de lã para bebé

A manta da pequena Leonor, que está quase a sair da barriga de sua mãe, já está pronta para a aquecer nos dias mais frios. Este projecto superou as minhas expectativas. A minha mãe deu uma grande ajuda no picô em crochet,  a coser as letras e a coser o forro, eu fiz o resto.

Segue-se novo projecto de manta personalizada, desta para uma Maria que nasceu há poucos dias.


Podem ver-se mais fotos da mantinha no Manual de Artes Decorativas.

25.5.13

The Great Gatsby

A recente adaptação do clássico de Scot F. Fitzgerald apresenta-nos um muito elegante Leo DiCaprio num filme repleto de ritmo e movimento mágicos com a marca pessoal de Baz Luhrmann, que nos apresenta uma louca e vibrante Nova Iorque nos loucos e vibrantes anos 20. Quem não se lembra dos excelentes Moulin Rouge! e Romeo + Juliet?

As coisas que mais me agradam nos filmes de Luhrmann são a banda sonora, as cores vivas e o movimento. Não fiquei nada decepcionada com este Gatsby e fico até satisfeita por nunca ter lido o romance e assim não estar com as óbvias considerações "o livro é melhor do que o filme" (que o é com toda a certeza). A personagem fascinante de Gatsby interpretada de forma muito competente, a meu ver, pelo DiCaprio aguçou-me ainda mais a vontade de vir a ler o romance de Fitzgerald, o qual já me foi aconselhado por várias pessoas.


Sobre a amizade depois do amor

"O amor é tão arrogante que não aceita virar amizade."
Fabrício Carpinejar



Tropecei nesta citação que me fez lembrar um dos últimos episódios de O Sexo e a Cidade, a passar actualmente no Foxlife. A Carrie questionava-se se ela e o Mr. Big teriam a hipótese de ser amigos após o fim da sua relação. Houve tentativas de ambas as partes para se concluir que tal não era possível. Não que isto seja prova de que não se consegue manter uma relação de amizade com um ex-qualquer coisa. Na minha opinião é perfeitamente possível, embora eu não tenha ficado amiga de nenhum dos meus ex-qualquer coisa.

Julgo que dificilmente conseguiremos criar uma relação de amizade com alguém com quem não tenhamos tido anteriormente um laço de amizade, apenas uma relação amorosa, e mais difícil será se o fim do relacionamento tiver sido amargo e marcado por traições, faltas de respeito e atitudes abusivas. Como poderá alguém ser amigo de quem o trai ou maltrata? Ou como poderá alguém que trai ou maltrata ser amigo?

Contudo, se ao longo de todo o relacionamento houve um elo forte de respeito mútuo, carinho e amor, julgo, então, estarem criadas as condições para que exista a possibilidade de se manter ou estabelecer uma relação de amizade após o fim da relação amorosa.

Mas o que nos leva a querer ficar amigo de alguém com quem estivemos envolvidos amorosamente? Por conversas que tive com várias pessoas amigas, e por experiêcia própria, parece-me que, em parte, existe em nós a secreta esperança de que um dia tudo voltará a ser como antes. Quantas vezes não nos convencemos que o ex-qualquer coisa era o Tal? E por estarmos tão certos disso custa-nos naturalmente acreditar que todo esse capítulo está encerrado, que é o final. Afinal o que queremos é um novo capítulo com essa pessoa, custe o que custe, demore o que demorar. Na maior parte das vezes só nos enganamos. Felizmente também acho que outras tantas até estamos certos e que de facto essa possibildiade existe, e que não é um fim - trata-se apenas de um breve interregno.

A grande verdade é que todos nós temos o nosso próprio caminho. Umas vezes vamos acompanhados, outras vamos sozinhos. Cabe-nos sempre a nós a responsabilidade das escolhas que vamos fazendo ao longo do nosso caminho. Arrependimentos não servem de nada. Aprendamos a valorizar e a preservar os laços e os elos com os outros. E mesmo que essas pessoas deixem de fazer parte das nossas vidas, existe de qualquer modo algo delas em nós, na nossa experiência de vida. E isso, a meu ver, só nos torna mais ricos.

23.5.13

Um poema ao fim da tarde

Funeral Blues (Song IX / from Two Songs for Hedli Anderson)

Stop all the clocks, cut off the telephone.
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling in the sky the message He is Dead,
Put crêpe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever, I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun.
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good.
W.H. Auden

22.5.13

...

 

Por vezes somos nós que não ficamos na vida dos outros. A grande verdade é que as relações estão em permanente mudança e não há que lamentar por isso. Há que seguir, sim, em frente e fazer sempre melhor assim como ser sempre melhor.

19.5.13

...





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Vivemos tempos terrivelmente difíceis; de grande instabilidade económica, política e social. Somos por isso afectados na nossa esfera privada. De um momento para o outro as nossas vidas mudam abruptamente. Gosto de pensar na ideia de que uma mudança implica obrigatoriamente algo de positivo. É uma oportunidade para se conseguir ou fazer algo melhor. Mas não sei se será efectivamente sempre assim. São várias as histórias que tenho ouvido de pessoas que se viram sem qualquer saída, sem soluções para os seus problemas, sendo que desistir foi a única opção viável. 

Só espero que estes momentos não passem de meras recordações dentro de algum tempo e que todos possamos continuar ou recomeçar com redobrada esperança; que possamos seguir os nossos sonhos e concretizar os nossos planos e deixar de ter as nossas vidas em permanente stand-by.

Novas Leituras

"As Velas Ardem até ao Fim" de Sándor Márai é o livro escolhido para ocupar um espaço na minha mesinha de cabeceira agora que terminei a leitura de "O Último Cabalista de Lisboa" de Richard Zimler. Foi-me oferecido por ocasião do meu 41.º aniversário pela N. O outro livro, um empréstimo por parte de outra amiga, é "Dentro do Segredo - Uma viagem à Coreia do Norte" de José Luís Peixoto. Parece-me ter aqui leitura para umas boas semanas.

11.5.13

Das artes

De tarde dei um salto à Casa Museu Roque Gameiro na Amadora para assistir à inauguração de uma exposição de cerâmica e pintura. A exposição celebra os 25 anos da artista Caldense Bolota nas artes. Nesta exposição a artista uniu-se a alguns amigos e familiares e o resultado é um espaço repleto de muita cor e belas criações artísticas, onde também as letras têm um lugar, pois cada sala da Casa Museu tem um capítulo de uma história que podemos ler.

Tive o privilégio de ter visita guiada na companhia da minha amiga Susana, ceramista. Uma rapariga muito especial, com uma forma peculiar de ver as coisas e as pessoas. A sua visão, através das suas peças cheias de cor, é um verdadeiro deleite. 

Recomendo vivamente uma visita!


10.5.13

Vigilâncias - Parte 2

 


Hoje milhares de alunos do 4.º ano realizaram a prova final de Matemática. Não sendo a minha área específica de estudos consegui ainda assim determinar que esta prova foi bem mais acessível do que a prova final de Português realizada pelos alunos na terça-feira. Pareceu-me uma prova bastante equilibrada, criativa e estimulante. Achei a segunda parte da prova mais complexa. 

Novamente o grupo de alunos (era o mesmo!) portou-se lindamente. No início um dos catraios chamou-me e disse: "Estava mesmo à espera que fossem as mesmas professoras. Mas a nossa professora disse que nem sempre são os mesmos. Mas afinal foram!" Foi bom saber que eu e a minha colega causámos tão positiva impressão nos pequenos. E aqui entre nós: foi recíproco. No final da prova outro pequeno abordou-me e disse: "Eu sei que isto vai parecer mal, mas eu espero não tornar a vê-las!" Sorri e respondi: "Eu também espero, pois isso será muito bom sinal." 

Que estas crianças cresçam em ambientes sãos e que venham a ter vidas prósperas e felizes.

8.5.13

Vigilâncias - Parte 1



Tive esta semana uma experiência diferente: vigiei a prova final de Português do 4.º ano. Segue-se sexta-feira, nova dose, desta com a vigilância da prova final de Matemática.

Gostei francamente de vigiar a prova destes pequeninos. Portaram-se lindamente e para tal contribuíram as personalidades fantásticas dos petizes e o trabalho excelente que a professora dos alunos tem com eles feito; há que atribuir certamente também louvores aos progenitores. 

Vejamos: estes pequenos quando se apresentaram junto à porta da sala onde iam realizar o exame encontravam-se em fila indiana pela ordem da pauta de chamada. Todos tinham duas ou três esferográficas de tinta preta (não sei porque razão mas as provas de 4.º ano só podem ser realizadas com esferográfica de tinta preta) e como sabiam que não podiam usar lápis na prova nem sequer tinham consigo um lápis; também não se fizeram acompanhar de tinta ou fita correctora por saberem que tal também não é permitido. Quando lhes foi lembrado que se tivessem telemóveis deveriam desligá-los e coloca-los na mesa vaga para o efeito, um colocou o braço no ar e disse: "A nossa professora disse para não trazermos o telemóvel." E depois acrescentou: "E na nossa escola os telemóveis são proibidos."

Pessoalmente acho estas provas uma violência. Acho que no máximo deveriam durar 60 minutos com os 30 de tolerância e deveriam ser realizadas na própria escola dos alunos. A primeira parte da prova continha dois textos enormes e na minha humilde opinião bastaria um para fazer o trabalho de compreensão e interpretação e depois sim uma parte da prova deveria ser de aplicação da língua. A segunda parte da prova pareceu-me muito bem com a proposta de produção de uma história.

Mas afinal quem sou eu para opinar, certo?

Seja como for o resultado desta primeira vigilância foi francamente positivo. Quem me dera que os alunos do secundário tivessem o brio e as boas maneiras destes pequenos quando se apresentam a exame.

5.5.13

Mãe! - poema de Almada Negreiros

Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

4.5.13

"Ir, sobretudo, em frente"

Ontem tive um belo fim de tarde. Encontrei-me com amigas no pub para uns bons momentos de conversa. Há algum tempo que tal não acontecia pois tenho levado uma vida de quase reclusão: de casa para o trabalho e vice-versa. Ao fim do dia o cansaço costuma levar a melhor e é por isso que nem sequer tenho ido dar umas voltas de bicicleta.

Mas ontem que bem soube estar em tão boa companhia a por as notícias e as fofocas em dia. Há uma nota bem positiva: apesar da situação dramática geral do país por causa da crise, cortes, instabilidade e precariedade encontrei todas as minhas amigas bem; têm trabalho ou estão ocupadas a receber formação; estão serenas, e, de forma geral, satisfeitas com a vida. Isto deu-me, em certa medida, algum alento. Apesar dos pesares noto que as pessoas não baixaram os braços. Investem em novas coisas e dedicam-se ao trabalho que têm actualmente em mãos. 

Eu tenho reflectido bastante na procura de algo que me proporcione um rendimento extra ou alternativo. Até à data não me surgiu nenhuma ideia fantástica, mas continuo a ponderar as várias hipóteses que possam ser viáveis. Todos os dias há notícias sobre pessoas que tiveram esta ou aquela ideia, que alteraram radicalmente os seus estilos de vida. Eu vejo essas  pessoas como uma enorme fonte de inspiração e por isso eu própria espero estar preparada para no futuro conseguir construir ou criar algo que me dê prazer e que me proporcione um rendimento substancial. Há, sempre, que tentar.

1.5.13

O aconchego da lã

A minha manta de lã está concluída. E ficou bem bonita como a foto pode comprovar. Pu-la aos pés da minha cama e foi aprovadíssima pela gata Pastel de Nata que até já lhe puxou uma ou duas malhas. Nestas últimas noites mais frias usei-a para me tapar enquanto via TV ou lia na sala. Daqui a uns meses começo a fazer uma semelhante para a minha mãe. 

Entretanto descobri através de uma reportagem num dos telejornais que o escritor Richard Zimler, do qual estou a ler O último Cabalista de Lisboa, também faz tricôt e lá apareceu ele a ser entrevistado vestindo uma das suas camisolas, bem colorida por sinal. E esta, hein?!