Adeus, 2012! Olá, 2013!

Em 2013 desejo mais.

Um pouco mais de tudo o que acrescente algo de bom e positivo nas nossas vidas. 

BOM ANO NOVO!

O jantar de ontem

Ontem tive companhia para jantar. Uma amiga de longa data com a qual tenho estreitado mais os laços nos últimos tempos. O menu foi simples e fácil de confecionar: tortellini de queijo ricotta e espinafres acompanhados com molho de tomate (eu fiz o molho!) e uma salada verde com molho de iogurte com hortelã (eu fiz o molho!). A sobremesa ficou a cargo da minha amiga: uma generosa colher de gelado de baunilha sem lactose com raspas de chocolate, com framboesas e bolinhos de chocolate com recheio de frutos silvestres. Foi uma verdadeira festa para os nossos palatos. 

A gata resolveu a dada altura deitar-se em cima das almofadas grandes para melhor nos ir acompanhando nas nossas conversas. Olhava para uma e para outra e ia assentindo com a cabeça em caso de concordância com algum ponto de vista por nós expressado. É uma gata muito sociável e recebe sempre bem as pessoas.

Sempre

Para 2013

Esta ideia chegou até mim através de uma amiga. Por que não? É simples: basta ter um frasco vazio e ir enchendo, a partir de janeiro, com notas sobre as coisas boas que vão acontecendo; na véspera de Ano Novo abre-se e lê-se tudo o que de bom aconteceu ao longo do ano. 

Focus on the Good.

Focus on the Positive. 

Good and Positive things will happen.

O Postal da Susana

Hoje chegou um postal acompanhado de um pequeno caderno de apontamentos de uma pessoa muito especial. A minha querida amiga Susana que se encontra em Itália há cerca de um ano. A Susana é pequenina, por vezes até penso que pode caber na palma de uma das minha mãos, mas a sua força é imensa e capaz de operar verdadeiras revoluções. Pessoa de uma profunda humanidade. Muito calma à superfície mas sempre em turbilhão nas profundezas do seu ser. É uma artista; cria objectos em cerâmica belíssimos com as suas mãos. E é capaz de no seu silêncio perceber-me melhor do que muitos outros. A Susana é um verdadeiro tesouro.

Compassion

A St Lucas Church em Liverpool não foi reconstruída após a Segunda Guerra Mundial, para assim permanecer um memorial da guerra. No seu interior em agosto de 2011 havia o seguinte convite:

"Porquê eu?"

Boa parte da minha vida oscilei entre o agnosticismo e o ateísmo. Dou, contudo, conta que no momento presente pus ambos de parte. E em mim existe uma crença qualquer que ainda não consegui muito bem determinar. Diria que os últimos anos da minha vida consistiram numa viagem espiritual e até poderei seguramente afirmar que nessa viagem busquei Deus nas suas mais diversas formas. Há quase dois anos, em agosto, foi fascinante ter visitado tantas localidades marcadamente religiosas/espirituais em Inglaterra e no País de Gales. 

Todas estas descobertas fizeram-me também descobrir em mim mesma uma faceta que eu desconhecia. Embora eu própria me ache uma pessoa mais dura e menos doce do que era há uns anos sei que sou uma pessoa mais compassiva e na forma como  me relaciono atualmente com os outros consigo dar mais de mim e consequentemente consigo também aceitar as pessoas como são. 

Nas minhas deambulações pelo Facebook encontrei nas palavras de Paulo Coelho, autor que nunca li, um misto de conforto e de esperança que muito se adequam à pessoa que sou hoje.

“Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a andar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida.”

E caso nos questionemos perante as adversidades da nossa vida com a habitual interrogação "Porquê eu?" estas palavras, que são um convite à reflexão, poderão ajudar-nos a obter as respostas que buscamos. 

A paz, a tranquilidade, a plenitude só se alcançam com a aceitação incondicional do que nos acontece.

Resoluções para 2013

Nesta altura do ano ponho-me sempre a pensar em resoluções para o próximo ano. Tenho algumas: tratar-me melhor, fazer mais exercício, aproveitar melhor os dias, dedicar-me mais aos meus hobbies, cimentar mais as minhas relações de amizade dedicando mais tempo aos outros. 

Contudo, confesso, não pude  deixar de esboçar um sorriso ao ver esta tirinha do Calvin: 

Mein Herz Brennt

Os Rammstein virão a Portugal em março de 2013 e espero lá estar na companhia da camarada Precious para apreciar mais um excelente concerto repleto de efeitos deslumbrantes de pirotecnia. Para já vou ouvindo este "velhinho" Mein Herz Brennt numa nova versão. O clip é sem dúvida interessante, tem o seu quê de polémico e poderá incomodar muita gente. Não é, portanto, aconselhável aos mais sensíveis. 

Esta é das minhas músicas preferidas. Tenho sempre presente o fantástico momento do concerto no Coliseu de Lisboa em que um coração vermelho palpitava no peito do Til. Confesso que já tenho saudades de ver os rapazes ao vivo.

"The best things in life aren't things"

Acabei de ver uma foto de um muro com esta frase escrita. Nem a propósito, tinha chegado a casa pouco antes depois de umas horas passadas na companhia de uma amiga. Pessoa que muito recentemente entrou na minha vida e com a qual tenho aprendido muito. Trata-se de uma pessoa muito serena, ponderada e com uma visão muito positiva das coisas. O mundo precisa de gente assim. 

As melhores coisas não são coisas. As melhores "coisas" são as pessoas, são os valores, são os sentimentos, as emoções, as sensações. E é no mundo rico de cada pessoa que conheço que vou buscar força, inspiração, criatividade, bondade, compaixão, amizade -- tudo alicerces para uma vida sã.

Enviaste mensagem tal como eu sabia que irias fazer embora há um ano eu te tenha dito para nunca mais o fazeres. Em tempos disseste que eu era uma das melhores pessoas que conhecias, mas talvez seja o caso de tu seres uma das melhores pessoas que eu já alguma vez conheci. Sem o saberes todos os dias desejo o melhor para ti. E hoje em especial desejo que assim seja sempre.

Boas Festas

De que modo seria esperado desejar-vos as Boas Festas? Com um gato! Aqui fica este belo exemplar felino preto para vos dar sorte. Ao contrário da nossa cultura fatalista eu sigo a anglo-saxónica no que diz respeito os gatos: um gato preto significa boa sorte. Há muitos anos os meus amigos de Manchester ofereceram-me um quadro com um gato preto com o objectivo de ele me trazer sorte e o que eu posso afirmar é que tal se tem vindo a verificar ao longo destes anos todos.

FELIZ NATAL!

parecia o fim do mundo!

Quando ouvi o insistente toque da campainha e o bater frenético na porta pensei: "É o fim do mundo!" Mas não. Era a desgraçada da vizinha a pedir ajuda porque o cano lhe rebentara em casa. Em poucos minutos a água já parecia uma cascata escadas abaixo. Montou-se logo uma operação de emergência. O outro vizinho do mesmo andar tentava ajudar a fechar a torneira de segurança, mais tarde veio outro vizinho do andar de baixo em auxílio da pobre vizinha. Eu pus-me a fazer telefonemas: o primeiro para o piquete de segurança. "A primeira coisa a fazer é fechar a torneira de segurança e depois abrir as torneiras ou do lavatório ou do bidé para esvaziar os canos." Mas a torneira de segurança não se conseguia fechar. A chamada caíu e eu acabei por ligar para os bombeiros. Enquanto aguardavamos os bombeiros, os vizinhos tentavam fechar a torneira de segurança, a vizinha apanhava água de casa e eu fazia o que podia a apanhar a água do corredor. 

A gata, essa, estava absolutamente encantada com tanta confusão! Espreitava pela porta e voltava para dentro de casa a chapinhar o chão todo. Depois lá ia ela de novo até à porta de entrada para verificar se todos estavamos a fazer o que deviamos para resolver a situação. E novamente largava a correr para dentro de casa, escorregando no piso encharcado.

Felizmente a situação ficou controlada. Os bombeiros, muito eficientes, conseguiram fechar a torneira de segurança não a do contador mas a do corredor do prédio. Conseguiu-se apanhar toda a água do corredor. A pobre vizinha lá ficou com a casa de pantanas e sem água até que lhe venham mudar a torneira de segurança do contador.

Marcadores de Copos de Pé Alto

Estou muito satisfeita com o toque final do meu elegante conjunto de 4 marcadores de copos de pé alto. Só me apetece convidar alguns amiguinhos para ter o pretexto de mostrar as minhas obras de arte.  :-D

Pausa

Esta pausa letiva já está a saber bem. Ontem consegui passar algum tempo com amigos e já tenho vários encontros agendados para os dias que se seguem. Hoje consegui dedicar a manhã toda à casa: aspirei, limpei, arrumei. Foi uma loucura. E a gata sempre de um lado para o outro, feliz da vida com toda a azáfama das limpezas. 

Numa nota menos positiva há a referir os baixos níveis de ferro comprovados pelas segundas análises. Vou marcar consulta para o médico me receitar o suplemento que devo tomar para repor estes níveis. Tenho-me de facto sentido cansada, especialmente ao fim da tarde. Felizmente não me sinto de rastos como no início do ano passado, mas há que ter atenção e aproximar estes valores dos de referência.

Esta é pois a altura indicada para repor energias. Os meses que se avizinham prometem ser de grande desafio a vários níveis. :-)

fusão

Li algures que o amor não é procura; é encontro.

Fusão de almas, de sentimentos, de corpos.

Relax Time

O dia começou com o despertador a apitar, a gata a correr pela casa e eu a partir um copo. Pobres vizinhos! Parece que entretanto já fiz mil e uma coisas: a última reunião na escola, compras no supermercado com a mummy, últimos embrulhos de presentes, alguns retoques em marcadores de livros e de copos. Mas faltam muitos mais afazeres domésticos. Contudo, reservo-me ao direito de ir ter com uma amiga para uma agradável tarde de conversa no local preferido, o pub.

A gata está deitada nas almofadas grandes que servem de banco. Mas bem poderia estar entusiasmada e entretida com todas as coisinhas giras que decoram as casas nesta altura.

Foto: Black Cats are Good Luck

High Tech Cat

A Pastel de Nata é uma gata muito amiga das Novas Tecnologias, especialmente quando se trata da sua soneca no seu cantinho da secretária. Encosta-se ao portátil e por vezes dá o seu contributo colocando a sua patita no teclado e carregando nas teclas, o que, claro está, nunca dá os resultados esperados.

2012

2012 foi um ano de grandes contrastes. Consegui desenvolver um trabalho muito gratificante com os alunos que tive e tenho neste momento. Conheci pessoas novas muito interessantes. Estreitei laços com pessoas de quem gosto e que muito respeito. Recuperei amizades (quase) perdidas. Descobri novas amizades. Perdi amizades. Estive para me apaixonar várias vezes. Adotei uma gata. Recuperei os meus blogues. Voltei aos trabalhos manuais munida de uma grande dose de imaginação e criatividade. Tornei-me mais organizada, menos ingénua, mais independente. Aprendi a estar bem sozinha. Não tenho tanto medo de conduzir. Dormi até mais tarde muitas vezes. Acordei muitas vezes mais cedo para aproveitar bem o dia. Comprei uma bicicleta. Cuidei de mim. Mimei-me. Cometi erros. Fui doce. Fui desagradável. Senti-me nas nuvens muitas vezes. Sorri muito. Ri. Experimentei coisas novas. Apreciei os dias de sol, e os dias de chuva também. Desejei o bem a muita gente. Esqueci o mal que me fizeram. Pedi perdão pelo mal que causei a outros. Descobri que não posso contar com algumas pessoas mas que posso sempre contar comigo. Obrigada 2012, foste um ano generoso. 

Scones & Tea

Sim, estavam verdadeiramente apetitosos. Depois de fazer uns quantos marcadores de copos (a inspiração tem estado em alta por estas bandas!); resolvi fazer scones. Uma amiga vinha visitar-me e achei que seria simpático oferecer-lhe uns belos scones e um chá preto Earl Grey. Mais tarde apareceram os meus dois explicandos que também provaram os saborosos bolos antes de iniciarmos os nossos estudos. 

A receita é muito simples:

Ingredientes

 3 chávenas de farinha de trigo
6 colheres (sopa) de açúcar refinado
1 pitada de sal
100 g de manteiga gelada cortada em pedacinhos
1/2 chávena de leite
1 ovo grande

Modo de preparação 

Preaqueça o forno a 180º (médio). Numa tigela misture os ingredientes com uma colher de pau inicialmente e depois com as mãos e adicione a manteiga. Esta massa fica pegajosa. Com as mãos polvilhadas com farinha achate a massa sobre o fundo da tigela. Leve ao frigorífico por 15 minutos. Com uma colher separe a massa em várias porções mais pequenas consoante o tamanho que pretender. Vai ao forno por 15 minutos ou até dourar. 

Esta receita é uma variação desta.

Bom apetite!

Embrulhos e uma questão de marcadores

Os preparativos para o Natal continuam por estas bandas. Tenho os embrulhos feitos. Falta-me comprar o chocolate da praxe para o meu afilhado. Na próxima semana, entre reuniões de avaliação, devo conseguir encontrar-me com algumas pessoas amigas para entregar presentes e pôr a conversa em dia. E ainda me falta enviar um postal. Por isso, farei também nova incursão aos correios.

Confesso que a concepção dos novos marcadores não tem corrido tão bem quanto o desejado: ou o fio é muito fino e parte, ou não consigo apertar devidamente as argolas e as terminações e as peças acabam por cair. Tem sido uma frustração. Numa nota mais positiva consegui fazer um conjunto de 4 marcadores de copos. Gostei tanto do resultado que vou fazer mais uns conjuntos para oferta logo que consiga comprar arame de inox. 

"somebody has to shine for me"

Follow our stars under a painted sky

We'll leave the world behind

We're learning to fly

We used to get by

purrrr

 

A gata veio ter comigo, depois da sua soneca na poltrona preta, olhou-me com ar sério e miou. Perguntei-lhe o que queria. Miou novamente. Perguntei-lhe se queria comida. E percebi pelo olhar dela que era isso que ela queria. Peguei na tigela ainda com comida, despejei os restos trincados para outro recipiente. Lavei a tigela, voltei a por os bocadinhos de comida trincados e por cima mais um bocadinho da mistura dela de comida seca com sabor a atum. Comeu, comeu, comeu e depois satisfeita voltou a deitar-se na poltrona preta para mais uma soneca.

"I'm hanging on your words"

Os Depeche Mode têm-me acompanhado nestes últimos dias nas minhas viagens de carro. Esta oiço-a vezes seguidas até à exaustão.

I'm hanging on your words

living on your breath

feeling with your skin

Will I always be here

o que se segue

Agora que já consegui despachar as minhas grelhas de avaliação do excel e lancei as classificações nas pautas dos diretores de turma posso respirar um pouco. Nos próximos dias, entre as reuniões de avaliação,  dedicar-me-ei a fazer os saquinhos e pacotinhos das prendas que vou oferecer. Espero conseguir personalizar cada um dos presentes. Não serão propriamente muito originais. Este ano vai toda a gente corrida a marcadores de livros ou a porta-chaves! :-D Mas não existem dois marcadores ou dois porta-chaves iguais!

 

Não me parece que vá fazer coisas tão elaboradas quanto esta, mas fica a ideia. :-)

Foto: Cool Mom Picks

Sobre a separação

     Toda a separação é um ato de ingratidão, toda a separação é uma traição. Quando estávamos juntos, cada vez que fazias alguma coisa por mim, no instante em que te agradecia, prometia reconhecimento. "Nunca esquecerei." A verdade é que depois esqueci.
     Todos esquecemos. (...)

in Viagem Pela Alma Humana, Francesco Alberoni

yummy!

... and now something completely different!

O almoço de hoje!

Music Transforming Lives

Um vídeo para ver e partilhar. O poder e a importância da música enquanto terapia de pessoas com necessidades especiais e os resultados fantásticos que tal opera nas vidas dessas pessoas. 

If you love music, watch this film

Postais de Natal

Admito que a criatividade e a imaginação dos pequenos suplantou as minhas expetativas. Alguns postais ficaram verdadeiramente maravilhosos. O que se segue é, na minha opinião, uma verdadeira obra de arte. O aluno em questão fez tudo sozinho. Nem todos conseguiram acabar os postais, por isso ficaram de os concluir em casa. 

 

Há pouco tempo fizeram-me uma pergunta parecida: Eras capaz de te apaixonar por ti mesma? E a resposta é: absolutamente. Tal como é SIM a resposta à pergunta da imagem. Na verdade é exactamente por eu gostar de mim que gostaria de conhecer a pessoa que eu sou e também por essa razão me apaixonaria  por essa pessoa. Contudo, nem sempre foi assim. É, por isso, fantástico perceber o que uma  pessoa aprende e cresce ao longo dos anos. Tornar-me uma pessoa melhor tem sido o meu objetivo constante ao longo dos anos e tem tido os seus frutos, posso garanti-lo. Pauto-me por uma atitude coerente, coesa e verdadeira perante mim e os outros, o mais possível. E tento sempre que necessário corrigir atitudes menos corretas. Peço desculpa se erro ou magoo alguém. Estou presente na vida de quem me quer na sua. Dou a mão a quem dela precisar. Mas não, não vivo as dores, nem os sonhos, nem as vidas alheias e não abdico da minha vida pelos outros. Serei mais útil aos outros quanto mais eu prezar a minha individualidade e quanto mais for fiel à pessoa que eu sou mas aberta aos outros e não fechada em mim. 

Tarefas escolares

A próxima semana será a última de aulas antes da interrupção do Natal. Os dias vão passar certamente a correr entre entregas de testes finais e aulas de avaliação. Mas para terça-feira está agendada uma aula que misturará o Inglês, Natal e trabalhos manuais com os mais pequenos. Eles levam as cartolinas, tesouras e cola. Eu forneço folhas coloridas, enfeites de Natal para embelezar os cartões e toda a minha sapiência liguística para os dizeres a serem escritos alusivos à quadra festiva. Vamos ver que obras de arte surgirão!

Quer o resultado seja este ou outro o que interessa é aguçar o espírito de Natal dos petizes e pô-los a trabalhar!

esperar: a arte da paciência

"If you are not too long, I will wait here for you all my life."
-- from "The Importance of Being Ernest," by Oscar Wilde

Entre as correções de testes dei um passeio de tarde para apanhar um pouco de sol na companhia de uma amiga. Os temas versados foram o trabalho e os amores. As conclusões não foram surpreendentes: há falta de vontade de compromisso por parte da maioria das pessoas e também um eterno não saber o que fazer e não saber o que querer; a juntar a isso, também, uma grande dose de ilusões criadas para camuflar não se sabe muito bem o quê.

Na minha idade já não espero o príncipe encantado e ainda bem pois poderia cansar-me muito durante a espera. Mas ainda conto vir a conhecer alguém por quem me venha a sentir arrebatada. Poderei, contudo, ter ainda de esperar muito e por essa razão devo cultivar a arte da paciência.

Nas histórias dos outros, compreendo agora, vejo também um pouco da minha. E há grande possibilidade de o contrário ser igualmente verdade. Nos amores dos outros vejo também um pouco dos meus e nas suas desilusões as minhas. No fundo as histórias são sempre as mesmas.

No livro Viagem pela Alma Humana de Alberoni pode ler-se o seguinte:

 Sabemos que o amor nos torna capazes de ver a beleza do nosso amado. Muitas vezes, porém, também a beleza do mundo que nos rodeia. Há quem diga que se trata de uma ilusão; mas eu, pelo contrário, acho que o amor potencia as nossas capacidades de ver e de sentir.

E eu acrescentaria que o amor nos torna pessoas melhores.

desvanecer

Ainda ontem fiquei a perceber a razão pela qual a marginal esteve encerrada entre Paço d'Arcos e Santo Amaro. Pelas 10h30 houve um acidente que envolveu 4 viaturas. O resultado foi um morto, um ferido grave e as outras pessoas com ferimentos ligeiros. Só posso imaginar a envergadura de tal acidente tendo em conta as muitas horas de encerramento daquele troço da avenida marginal. E depois re-lembrei esse triste facto: num momento estamos aqui e em segundos desaparecemos. Deixamos de existir nas vidas dos outros fisicamente e passamos a ser apenas uma lembrança, uma memória, que com o tempo se vai desvanecendo. Mas há pessoas que nos deixam e ficam sempre presentes em nós, em tudo o que fazemos. Nos sorrisos que esboçamos, na paixão que imprimimos no que diariamente levamos a cabo.

Pensei nessa pessoa que morreu. Na vida que perdeu, as pessoas que deixou e os muitos sonhos ainda por viver. Há-de haver um pai e uma mãe a chorar essa morte, possivelmente um filho ou uma filha; há-de haver amigos que sentirão a falta da sua companhia. E um dia essa pessoa será apenas uma ténue recordação para alguns, mas para outros será como se nunca tivesse ido embora porque permanecerá viva no coração de quem a amou/ama.

Vive o dia de hoje!

Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ou o papel urgente da retrete quando não houver outro. 

Vergílio Ferreira, in "Escrever"

Busy Bee

A minha lista de tarefas está a reduzir gradualmente. Confesso que lentamente, mas pelo menos vai reduzindo. Já só me faltam as composições dos testes do 6.º, 7.º e 11.º.  Posto fim à tarefa das correções dos testes começo a construir as grelhas de avaliações finais de período. Até 4ª tenho de ter todas as avaliações prontas!

O dia frio e cinzento presta-se a este tipo de atividades. Embora me apetecesse dar um saltinho ao Chiado, que é particularmente encantador nesta altura do ano, não obstante o bulício de gente carregada de sacos de um lado para o outro, talvez seja melhor cumprir primeiro com os meus deveres. A recompensa saberá melhor.

A imagem ilustra bem a quantidade de papel aqui à volta!

Olá, fim de semana!

Sinto-me de rastos. A anemia que me atacou em grande no ano passado teima em ressurgir. Há mais análises a fazer e vitaminas a tomar. Isto há que aguentar em forma até ao final do ano letivo e neste momento ainda a procissão vai no adro... Mas não tarda temos a pausa do Natal para gozar. O que vai saber bem!

O fim de semana vai ser dedicado quase em exlusivo à correção de testes. Espero arranjar umas horinhas para ler também. Estão ali à espera, sem ordem de preferência em particular: Generation A, Pride and Prejudice, Viagem pela Alma Humana, Somos Todos de Areia e O Livro do Desassosego. Por isso, visualizo-me assim um bocadinho amanhã e no domingo.

...

O dia foi de contrastes. A caminho da escola fui surpreendida com o facto de os carros não terem permissão de circular na marginal. Acabei por dar umas voltas tentando perceber como apanharia a A5 na direção de Cascais - foi a primeiríssima vez! Consegui chegar a tempo da aula, que felizmente correu bastante bem. A turma de 10.º tem um conjunto de alunos afáveis, simpáticos, motivados e trabalhadores o que ajuda a proporcionar bons momentos na sala de aula.

A aula do 11.º foi tudo o que já se poderia esperar. Trata-se da minha turma mais complicada constituída por um grupo de alunos muito heterogéneo que alimentam alguns conflitos entre si, a juntar a isto uma elevada dose de desmotivação e comportamentos infantis para alunos do secundário. Como se tudo isto já não fosse o suficiente para ter uma má aula o videoprojetor não funcionava, e descobrimos depois que o problema residia no meu portátil e por essa razão fomos requisitar um portátil da escola (o que me obrigou a copiar os ficheiros para uma pen que terá possivelmente ficado inutilizada por causa dos vírus que habitam os portáteis escolares). As colunas que a funcionária me garantira, minutos antes da aula, que funcionavam muito bem, permitiam apenas ouvir um som muito baixo de uma delas. 

A aula planeada para hoje dividia-se em duas partes: uma era o visionamento do episódio 4 da série 1 do The Office UK; preparei uma apresentação powerpoint para o efeito e tudo com atividades de lead-in e pós-visionamento. A segunda parte deveria ser a apresentação de alguns dados biográficos do autor Jeffrey Archer, do qual vamos ler a short-story À La Carte brevemente. 

O plano de aula foi todo arruinadao, perdi metade da aula a tentar fazer com que o material funcionasse com trocas e tentativas. Quando finalmente lá consegui com a ajuda de dois dos alunos pôr tudo a funcionar os restantes estavam impossíveis de aturar.

Lá acabamos, após um sermão, que agora bem pensadas as coisas eu poderia ter evitado, por ver o episódio quase na íntegra. Parte da turma mostrou-se interessada e achou divertido, a outra parte portou-se como de costume com a atitude do "I don't give a fuck". 

De volta a casa o trânsito estava a ser direcionado para o Alto da Barra pois a circulação na marginal continuava impedida. Após um desgastante pára/arranca lá consegui chegar a casa onde me encontro na companhia da gata que está aqui deitada ao lado do computador, dando-me volta e meia uma marradinha nas mãos para receber os mimos a que tem direito.

Via Love Doctor

To Do List

Faço com regularidade listas de coisas a fazer. Neste momento a lista é longa e toda relacionada com trabalho. Mas há que acrescentar outras tarefas não relacionadas com a atividade laboral não vá a cabeça falhar. É uma forma de me manter organizada, cumprir prazos  e objectivos. Por vezes, há coisas listadas que perdem a importância ou já não precisam de ser feitas, por essa razão são retiradas da lista e logo de seguida acrescentam-se outras quantas tarefas. 

Para quem tenha maior dificuldade em se organizar ou estabelecer prioridades aqui ficam algumas dicas para elaboração de listas de coisas para fazer:

To-Do Lists: 10 Tips for Increasing Productivity

Piece of Advice

Via Hunting Happiness Project

Questões do Coração

 

Via Today's Cartoon By Randy Glasbergen

Quadra Natalícia: calendário do advento

Numa passagem pelo IKEA encantei-me com este calendário do advento. Trouxe-o comigo. Agora é só encher cada uma das gavetinhas com coisinhas boas para depois oferecer aos filhos da S. Todos os anos lhes ofereço um calendário do advento. E a tradição este ano mantém-se!

Quadra Natalícia: postais

O primeiro postal de Natal chegou. É de cartão, feito pela própria pessoa, e foi escrito à mão. Entretanto, decidi também começar a dedicar-me à tarefa de escrita de postais. Concluí após vasculhar as minhas caixas que tinha alguns feitos por mim há uns anos. Resolvi fazer os restantes pelo que este ano não comprarei nenhum. Há uns anos deixei umas dicas muito simples no Manual de Artes Decorativas para se fazerem cartões de Natal. Aqui fica o link caso alguém decida fazer os seus próprios postais.

Estes são os que fiz após o jantar. Já estão escritos e metidos nos respetivos envelopes para seguirem caminho para os seus destinos: Angola, Suécia, Áustria e Alemanha.

Today’s Cartoon

Há vários anos que recorro aos cartoons de Randy Glasbergen no contexto da sala de aula. Recentemente reparei que o autor tem muitas mais categorias de cartoons. Sugiro uma visita ao site!

Eu desejo...

 

Foto retirada daqui

Uma tira de arco-íris mergulhava hoje no mar. Não se via o arco, era apenas aquela parte final que perfurava as águas como que a querer encontrar refúgio à força. Ainda tentei encontrar o outro extremo do arco-íris, mas em vão. E, sim, fiz novo pedido ainda que o arco-íris não se apresentasse completo. 

Janela

Num dos livros que tenho na mesa de cabeceira pode ler-se: "abro-me para os outros evitando esta janela que dá para dentro".

Vontade de mudança

A azáfama dos blogues continua. Tenho atualmente 6 a meu cargo mas apenas 5 estão ativos. Falta-me criar um para perfazer 7, o número perfeito. O tema ainda está a ser pensado. A parceria criada com pessoas amigas tem sido uma procura constante e por várias razãos: por um lado o contributo de outros tornará os blogues mais ricos em conteúdo, e por outro haverá um maior sentimento de partilha e será privilegiada a interação entre mim e pessoas com as quais me relaciono bem. 

O Chuva Oblíqua continua com 2 colaboradores assim como o English Tid Bits. O Manual de Artes Decorativas tem no momento 5 colaboradores, o Exercício de Escrita tem 2 colaboradores, a caminho, espero, de 3 e possivelmente serão convidadas mais pessoas para nele participarem. A Dimensão do Crepúsculo, essa será sempre só minha - é o meu espaço "privado" de evasão.

A cabeça fervilha de ideias a todo o momento no meio de testes, de composições e de exercícios de gramática. Há em mim uma grande vontade de mudança e ontem ao ler uma boa parte do Viagem pela Alma Humana de Alberoni, percebi ao que se deve. Mudança essa iniciada já há largos meses e que tem sido uma constante no meio de tantos encontros e desencontros. Mas essencialmente essa mudança tem sido levada a cabo por mim e para mim no sentido de buscar (até diria o sentido da vida, mas não) equilíbrio e plenitude.

Coisas boas estão definitivamente a acontecer.

Salvé 2 de dezembro de 2012

afeto

nome masculino

1.	sentimento de apego e ternura; afeição

2.

amizade

3.

amor

4.

carinho

5.

inclinação

A minha progenitora faz hoje 63 anos. É uma bela idade marcada por muitos acontecimentos trágicos e outros tantos felizes. A minha mãe é uma mulher inspiradora. Uma mulher de armas. Determinada e forte como poucas. 

Ofereci-lhe um livro escrito também por uma mãe, Helena Sacadura Cabral: O Tempo e os Afectos. Livro esse que, em circunstâncias diferentes, bem  poderia ter sido escrito pela minha mãe.

Keep positive!

Chá preto e brownies

A tarde de sábado não poderia ter sido melhor. Encontro com a N. num Chiado a fervilhar de movimento e gente a entrar e a sair das lojas. Muita animação de rua e o cheiro maravilhoso das castanhas assadas. Fez-me recordar os muitos passeios a dois dados no passado. Ficou uma boa recordação desses dias felizes.

A sugestão da N. foi subirmos ao Príncipe Real para irmos ao Orfeu Caffé. Um espaço cativante e artístico. Entre chá e brownies a conversa fluíu e partilharam-se novidades.

Subi a rua do Alecrim de sorriso nos lábios com um misto de nostalgia, mas ao fim da tarde, com a bela Lisboa já embrulhada na escuridão de um outono frio, desci a mesma rua com um sorriso aberto de grande satisfação. A amizade é um verdadeiro bálsamo e dedicarmos tempo, por pouco que seja, aos que nos dizem algo é uma benção. 

Já no carro a caminho de casa, a ouvir os Rammstein, dei por mim a pensar: "Tudo está bem. Tudo é como deve ser."

Ich mach die augen zu

Wir sind allein

Ich halt sie fest

Und keiner sieht sie weinen

Sie macht die augen zu

Sie wehrt sich nicht

Liebe ist für alle da - auch für mich

 Liebe ist für alle da - Rammstein

Nova aquisição livreira

Foi garantidamente um chamamento. Entrei na Bulhosa. Olhei para aqui e olhei para acolá a ver os títulos. Subi ao primeiro andar e continuei a olhar e eis que me deparo com o livro que ansiava a minha chegada para o levar para casa e o devorar em três tempos!

Knock Knock!

Who's there?

Mary!

Mary who?

Mary Xmas!

A minha mãe perguntou-me se queria ajudá-la com as decorações de Natal depois do jantar. Chegada mais tarde ao meu lar fui também resgatar as minhas 4 peças do Natal: a bota, a árvore, o Pai Natal e o presépio. A gata achou piada a toda a azáfama do tira daqui e põe ali. Encantou-se igualmente com as borlas de uma toalha nova, oferta da minha mãe. Espero que lhe passe o fascínio ou de outro modo temos bule e presépio em estilhaços e pedaços no chão um dia destes. E este bule resistente veio do UK há quase 14 anos enfiado numa mala no porão.