Sendo a programação televisiva um horror absolutamente inexplicável nesta quadra natalícia (A Guerra dos Mundos no dia de Natal e O Gladiador na véspera! A tradição já não é o que era...) tenho optado por rever alguns filmes da minha (literalmente) pequenina colecção. O escolhido para a tarde fria e chuvosa de hoje foi The Misfits realizado por John Huston e soberbamente interpretado por Clark Gable, Montgomery Clift e Marilyn Monroe. Foi graças a este filme que descobri que Marilyn não era apenas uma actriz loira e tonta; reconheci as suas capacidades dramáticas e pude também, através da sua personagem, perceber a existência da mulher sensível, vulnerável e terrivelmente só para além do mito. Há com toda a certeza muito de Marilyn em Roslyn. São absolutamente comoventes a inocência e, acima de tudo, a humanidade emanadas pela sua personagem .
Na altura o meu interesse pelo filme residia curiosa e exclusivamente em Montgomery Clift. Havia já visto alguns filmes com o actor - um dos preferidos é Suddenly Last Summer com Elizabeth Taylor - e morria de curiosidade para ver mais trabalhos seus. Toda a polémica em volta da vida do actor, o desastre que o desfigurara, a sua personalidade auto-destrutiva tornavam-no terrivelmente sedutor e atraente, o que justificava plenamente o meu interesse.
Acabei por eleger o filme, escrito por Arthur Miller, como um dos meus favoritos desde sempre e hoje, ao revê-lo, percebi de novo o que nele me encanta: a complexidade das personagens, a sua vulnerabilidade, a sua solidão, a sua inadaptação, o intenso sentimento de liberdade e a extraordinária capacidade para amar.
Esta parte faz-me sempre chorar:
E o fim faz-me sempre sorrir:
Na altura o meu interesse pelo filme residia curiosa e exclusivamente em Montgomery Clift. Havia já visto alguns filmes com o actor - um dos preferidos é Suddenly Last Summer com Elizabeth Taylor - e morria de curiosidade para ver mais trabalhos seus. Toda a polémica em volta da vida do actor, o desastre que o desfigurara, a sua personalidade auto-destrutiva tornavam-no terrivelmente sedutor e atraente, o que justificava plenamente o meu interesse.
Acabei por eleger o filme, escrito por Arthur Miller, como um dos meus favoritos desde sempre e hoje, ao revê-lo, percebi de novo o que nele me encanta: a complexidade das personagens, a sua vulnerabilidade, a sua solidão, a sua inadaptação, o intenso sentimento de liberdade e a extraordinária capacidade para amar.
Esta parte faz-me sempre chorar:
Roslyn: Killers! Murders! You liars! All of you liars! You're only happy when you can see something die! Why don't you kill yourselves to be happy! You and your God's country! Freedom! I am not kidding you, you're three sweet damned men!
E o fim faz-me sempre sorrir:
Roslyn: Which way is home?
Gay: God bless you girl.
Roslyn: How do you find your way back in the dark?
Gay: Just head for that big star straight on. The highway's under it. It'll take us right home.
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