6.5.10

Cantos de Maldoror

Cantos de Maldoror não é uma leitura fácil. O elogio à maldade assenta essencialmente numa base filosófica, embora se trate de um texto poético. O poema é reclamado pelos surrealistas como o expoente máximo do surrealismo.
O Conde de Lautréamont, pseudónimo de Isidore Ducassi, morreu aos 24 anos de idade de causas desconhecidas. Segundo consta não deixou memórias. Aliás, o próprio afirma nas Poesias I e II que não deixará memórias. A Cantos de Maldoror seguir-se-ia o elogio à bondade nas Poesias I e II , que nunca foi completado devido à morte prematura de Ducassi.

É possível ler-se o livro e ouvir-se Adolfo Luxúria Canibal a declamar. Os Mão Morta, como tantos de nós sabem, basearam o seu projecto Maldoror na obra de Lautréamont.

O curioso foi a forma como este livro me chegou às mãos: a mãe de uma amiga seleccionou alguns livros para dar e entre a pilha que tinha escolhido para mim encontravam-se os Cantos. E eu só posso naturalmente agradecer ainda que no final nem venha a gostar muito do que li.

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