26.12.17

das expetativas

Muitas vezes me disseram para não criar expetativas em relação às pessoas. Nunca soube muito bem como o fazer. Até que percebi que acabei por fazê-lo recentemente com uma mudança de postura da minha parte. Desliguei-me, desprendi-me e percebi que na verdade não espero nada dos outros. E é incrível o que isso me beneficiou. 

Há uns poucos anos tinha combinado com uma amiga um lanche em minha casa. Como não houve da parte dela nenhum telefonema ou mensagem a desmarcar o combinado, no dia eu preparei tudo e fiquei à espera. Passado um pouco da hora combinada resolvi ligar e fiquei a saber que a minha amiga afinal não vinha e que não tivera sequer a amabilidade de me informar previamente. Na altura fiquei muito aborrecida. 

Esta semana um amigo sugeriu irmos a um barzinho aqui perto. Acabou por me enviar mensagem a desejar Bom Natal sem fazer qualquer referência ao que havia sugerido antes. Nem liguei. 


Não esperar nada dos outros coloca-nos em grande vantagem: significa que tudo o que os outros venham a fazer é da responsabilidade deles apenas, a reação a isso é nossa e é isso que podemos controlar; se decidirmos não nos chatear, então não nos chatearemos. Se alguém tiver uma aitude boa para connosco, será maravilhoso; ganhamos o dia; se for o oposto, mais vale pensar que não vale a pena desperdiçarmos a nossa energia em ficar zangados. 

Há sempre alguém que nos vai deixar ficar mal; e nós iremos ter também atitudes menos boas em relação aos outros. It really works both ways. 



Basicamente percebi que quem gosta, quem se interessa genuinamente por nós, quem nos quer bem, estará lá para nós e até essas pessoas nos irão dececionar, mas isso não tem mal nenhum; há que desvalorizar. Numa outra ocasião receberemos algo melhor dessa mesma pessoa. 

Não vale a pena alimentar dramas. 

Feliz 2018!

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