19.9.06

Budapeste a ferro e fogo

Foi com espanto que li os títulos de vários artigos de publicações noticiosas online em relação a confrontos na Hungria. Dei uma vista de olhos rápida aos artigos: Confrontos em Budapeste provocam 150 feridos, Budapeste: Confrontos entre a polícia e manifestantes causam 150 feridos, Hungria: Manifestação contra o Primeiro Ministro marcada por confrontos com a Polícia. Foi o suficiente para ficar de boca aberta. Enviei e-mail rápido à D para saber o que se passava e enviei-lhe os respectivos links (eu não sei Húngaro, mas ela sabe muito bem Português). Depois vi imagens no Euronews: gente a gritar, carros incendiados. E eu só pensava: "Mas o que é que se está a passar?"

Recebi uma resposta da minha amiga com as suas reflexões e sentimentos em relação ao que se passou e tive já a oportunidade de trocar algumas impressões via MSN com ela. Fiquei mais descansada por saber que com ela e família estava tudo bem, mas fiquei apreensiva em relação à estrutura sócio-política da Hungria e no que os recentes acontecimentos podem significar para o futuro e de que modo ela e a família poderão ser afectados.

Por indicação dela li dois artigos da BBC News com excertos das gravações do Primeiro Ministro que despoletaram a revolta da população e outro sobre a reacção do Primeiro Ministro em relação aos confrontos.

Por último deixo aqui ficar um excerto do e-mail enviado por D, cujo texto integral foi publicado no seu blog:

Penso que uma das coisas que mais me dói como é possível odiar tanto, de destruir monumentos, arrasar com um edifício, ferir pessoas que não se conhecem, sentindo-se ridiculamente importantes... grandes... deixando sair os vermes do pior que existem dentro de nós. Como é possível pôr fogo a um carro que tinha pessoas lá dentro? Nem consigo imaginar os sentimentos das mães e esposas dos polícias que estavam cumprir o dever deles.

Sim, acho que é a falta de PENSAR, agir como animais que me choca... agir sem ver passado, presente e futuro, de se olharem a si próprios de fora. Empenharem-se com toda a força para fazer mal, sem saber porque, sem ter objectivos a frente...

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