Um post sobre o concerto dos Muse no Campo Pequeno, no qual eles não serão mencionados.
Nos tempos da minha juventudo quando se comprava um bilhete para um concerto havia duas coisas que adorava: eram bonitos (normalmente com fotos da banda ou uma imagem do cartaz da tour) e tinham sempre a indicação da banda (ou bandas) de suporte. Hoje em dia já não é assim. Imprime-se apressadamente o bilhete apenas com a informação essencial no momento da compra e já muito raramente vem a indicação da banda de suporte. Se estivermos interessados em saber se há uma banda a abrir o concerto e se quiseremos saber quem são temos de partir para a investigação minuciosa, que muitas vezes não é de fiar (não vale a pena perguntar nos balcões da Fnac porque eles nunca sabem).
Quando no passado dia 26 entrei por volta das 21h no recinto do Campo Pequeno (depois de mais de meia-hora à espera para entrar) só dei conta que havia uma banda a tocar quando me sentei. Até lá pensava tratar-se de música ambiente. :-D
Pensava eu "Mas quem são estes?" olhando para a simpática e alegre vocalista saltitando de um lado para o outro do palco. A dada altura fiquei a perceber que eram os qualquer coisa in Process. Fiquei mais descansada: ao menos tinham um nome embora eu só soubesse metade. Depois, em casa, andei a investigar e lá descobri que se tratava dos Poet in Process. Mas fiquei obviamente na mesma. Nunca antes ouvi falar neles.
Não fiquei rendida e pouca atenção lhes prestei. O som estava francamente mau, o palco estava reduzido a metade (se tanto). A música tocada não me soava de todo mal, mas aquelas não eram as condições ideais para ouvir uma banda para mim desconhecida pela primeira vez.
Embora perceba a importância das bandas de suporte num concerto (dar a conhecer um novo grupo, nova música e quiçá dar um impulso à sua projecção na indústria da música) continuo a achar que na maior parte dos casos ser banda de suporte é uma situação ingrata. Normalmente o som está uma merda, o palco reduzido devido ao equipamento da banda cabeça de cartaz e o público, regra geral, não está nem aí (na maior parte das vezes ainda estão a dar entrada no recinto).
Tempos houve em que assisti a concertos em que valeu a pena ver a banda de suporte (o caso dos Faith No More em Alvalade - razão pela qual, aliás, fui ao concerto dos irritantes G'n'R) e os Anthrax no Dramático de Cascais a abrir o concerto dos Iron Maiden em 1990 (?). Tirando esses dois exemplos foi sempre penoso para mim assistir a primeiras partes de concertos.
5 comments:
A única vez que realmente valeu a pena chegar cedo para ver a banda de suporte foi para os Goldfrapp, em 2003, no Coliseu do Porto.
Foram os Spelling Nadja, na altura totalmente desconhecidos para mim, mas adorei!!! São portugueses, muito bons, e desconhecidos (como é habitual em bandas não mediáticas portuguesas).
Fora isso, banda de suporte normalmente = tempo livre para ir ao WC
Em relação à banda-suporte do concerto dos Muse, posso informar que são catalães e, ainda que desconhecidos para os portugueses, são bastantes conhecidos no meio alternativo de Barcelona e arredores.
Em relação a “primeiras partes”… por vezes há surpresas, como foi o caso dos Oomph!, que tiveram a árdua tarefa de abrir o concerto dos HIM (Dezembro 2001?!) no Coliseu de Lisboa. Aliás, a actuação dos Oomph! foi de longe superior à dos HIM…
Nicky,
ficou-me a sensação de terem um som interessante, mas tal como referi não estavam criadas as condições, no meu caso pessoal, para ouvir uma banda desconhecida.
Por vezes poderá haver sem dúvida boas surpresas. Lembro-me agora dos Moonspell que fizeram a 1ª parte dos Craddle of Filth no Coliseu!
E, já agora, obrigada pelos teus comentários. :)
You’re welcome!
Só há 2 dias tive conhecimento do teu blog (através de uma amiga) mas como gostei do que vi e li, certamente voltarei!
My regards to Pantera! ;-)
Volta sempre que queiras. :-) Obrigada e "regards" ao teu felino também. :-)
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