Eu cá sou mais bolos

Descobri o prazer de fazer bolos. Por mero acaso e quase por obrigação. Nesta escola é costume a pessoa que escreve a acta da reunião do Departamento de Línguas levar um bolo para oferecer aos colegas. Achei que talvez parecesse mal, calhando-me a mim a acta, eu não contribuir com os meus dotes culinários. A princípio entrei em pânico: um bolo? Eu, fazer um bolo? Eu que nunca antes na vida fiz um bolo? Mas como mulher moderna e emancipada que sou resolvi abraçar este novo desafio dos tachos com todo o optimismo. Chegada a casa peguei num caderno de receitas que a minha mãe tem, li a receita de um bolo de limão e passada uma hora e meia saíu do forno um bolo de noz e canela. Qual não foi o meu espanto ao provar o bolo nessa noite: estava realmente bom! Não sei se os colegas quiseram ser apenas simpáticos com tantos elogios (eu omiti o facto de se tratar do meu primeiro bolo não fosse tal revelação influenciar as suas papilas gustativas e fiz de conta que cozinhar bolos para mim era um hobby de longa data) mas a verdade é que o recipiente voltou para casa quase vazio.

Levada pelo entusiasmo de uma primeira experiência boleira muito satisfatória e inspirada pelo Jamie Oliver resolvi fazer outro bolo. A receita desta vez foi algo mais elaborada e o resultado, embora não sendo totalmente desastroso, ficou aquém do esperado. Problemas: as formas não ficaram bem untadas, as natas não eram as indicadas, o que me levou a improvisar um pouco a receita.

O resultado pode ser visto na foto que se segue (não se deixem enganar: na foto parece ter bastante melhor aspecto do que o que tem na realidade). Quanto ao sabor só amanhã se saberá.