29.6.09

Histeria Global

Não poderia concordar mais com Chávez nos seus comentários à morte de Michael Jackson ao concluir "O capitalismo é isto". E de facto é. Após a morte do cantor as televisões lançaram-se em maratonas ininterruptas de notícias, documentários e videoclips; as vendas dos discos dispararam. Há que lamentar a morte do homem, sem dúvida. Afinal de contas só tinha 50 anos, mas toda esta histeria em volta da morte de Jackson exaspera-me de tal forma que quase fico com urticária. Que se lamente a morte de homens como Kennedy, Luther King e Gandhi a nível global é algo que consigo compreender e são mortes que também eu "sinto" porque com esses homens perdeu-se também um pouco a esperança, perdeu-se um pouco a humanidade (e como andamos necessitados de uma e de outra). Mas todo este aparato assemelha-se mais a um circo. É fútil. E é lamentável que as pessoas se deixem levar.

Só de pensar no que as editoras e a família Jackson ainda vão facturar...

3 comments:

Precious said...

O homem era o Rei da Pop e suponho que a histeria se assemelhe à que se viveu quando morreu o Rei do Rock.
Para algumas pessoas, é tão ou mais importante que a morte das outras figuras que mencionas.
A mim, o que me choca é o facto de os Media o terem canibalizado enquanto vivo e agora, parece que é santo. Mas não deve causar espanto, a morte tende a reabilitar muito boa gente, alguns com muito mais a criticar que o MJ.

Precious said...

Outro comentário ;)
Lembro-me de quando o John Lennon morreu, também foi uma onda de dor. A televisão não terá exagerado mais na altura porque não era hábito~.

Maria Felgueiras said...

Eu percebo que tudo isso tenha uma razão e possa ser explicado e decerto a morte do John Lennon só não foi tão mediática porque os tempos eram outros. Concordo em absoluto. Mas continuo a achar tudo isto perfeitamente estapafúrdio.