29.8.09

A gastronomia no "império austro-húngaro"

Gosto de experimentar coisas novas e regra geral não sou esquisita com a comida. É raro ouvirem dizer-me "não gosto disto" ou "não aprecio isto" ou "não como daquilo". Preciso sim de ter cuidados redobrados com a alimentação porque o meu organismo funciona de forma diferente na ingestão, digestão e gestão de calorias. Mas nas duas semanas passadas em terras estrangeiras resolvi aventurar-me e provar alimentos que noutras alturas evitaria. Na Hungria fiquei deliciada com os pastéis - batyu (trouxa) e patkó (ferradura) - que são a maior delícia! E as torta, em especial a dobos torta. Também salivei vergonhosamente ao olhar para as pogacsa (está mal escrito, parece-me!) e comi uma com sementes de girassol, que foi das melhores coisas que já ingeri na vida.

Outros paladares tipicamente húngaros fizeram as minhas delícias:


Rakott krumpli - cozinhado pela mãe da D.


Rakott kelképoszta - comido no Grande Mercado Central. Muito parecido com o prato anterior na forma de confeccionar mas bem diferente no sabor e desta vez com natas.

Em Tihany provámos a deliciosa halászlé (sopa de peixe húngara).


Halászlé - o almoço no dia da praia no lago Balaton. A posta de peixe é carpa.


Há um alimento, do qual provei apenas uma dentada, e que é especialmente confeccionado no verão: lángos. Por toda a parte se via gente com lángos na mão. Pode ser simples, com natas ou com queijo, e pode também ser recheado.

Lángos. Uma das dentadas é a minha!


Mas o goulash, o goulash continua a ser o "nosso" prato predilecto. A gula era tanta que nos esquecemos de tirar foto à tigela a transbordar do maravilhoso goulash que nos foi posto à frente na primeira noite passada em Budapeste.

Na Áustria os paladares também não me desagradaram. No primeiro dia atirei-me a um gigantesco Hühnerschnitzel. No Bairro dos Museus comi, no segundo dia, um menu de Salat + Pasta mit Kirschparadeisen, Pesto und Parmesan e no terceiro, o menu que consistia de Salat + faschierter braten mit Reis und Paradeissauce. Na noite do especáctulo da Carmina Burana na Rathaus a minha escolha recaiu num Rindfleisch Gröstl mit Speck-Krautsalat. Escusado será dizer que sobrou sempre comida no final da refeição! Não porque eu tenha a mania de deixar um bocadinho no prato porque parece bem, mas porque se tratavam de porções tão generosas que comendo tudo significaria ficar muito mal-disposta.



Hühnerschnitzel no Alaturka junto à estação de metro Praterstern.


E provámos tudo a que tinhamos direito no que diz respeito a doçaria: Apfelstrudel, Joghurttörtchen mit Früchte e Sachertorte. O ZP ainda se atirou a um Mohr im Hemd na Konditorei Heiner (que fica situada muito perto da Stephansdom).



Apfelstrudel para dois no Bairro dos Museus.


Sachertorte e Mohr im Hemd na Konditorei Heiner. A despedida de Viena.

E ainda nos deliciámos com os saborosos capuccinos nos cafés e quiosques das estações do metro e de comboio (em especial de Budapeste) e deliciosos chás nos salões de chá tanto numa cidade como na outra. E, ainda, um copito de vinho branco no avião à ida e volta!

4 comments:

Precious said...

Post delicioso, sim, senhora. Nesta zona do mundo, come-se muito bem.
Em Praga, as Langose também eram muito populares, mas, para minha pena, não cheguei a provar.

Maria Felgueiras said...

Come-se, sim! Terias gostado se tivesses provado. :-)

Noiva Judia said...

Yam, yam. Como a xô dona Precious pode atestar, eu acho que só passarei fome numa zona do mundo onde a fome seja endémica... de resto, safo-me sempre. Estou como tu, adoro goulash, fartei-me de o comer na Rep. Checa, embora seja um bocado diferente do húngaro. E quanto aos doces, bem, sou um gulosa de primeira... ;)

Maria Felgueiras said...

Noiva,

"Gulosa" é o meu middle name! :-D De cada vez que olho para as fotos das comidas fico logo a salivar!

Espero ir um dia à República Checa para provar o goulash que por lá se cozinha. :-)