6.10.09

Uma questão de votos

Aborrece-me falar sobre política com a maioria das pessoas. Especialmente quando se chega à parte das confissões sobre "em quem é que vais votar?" porque na sua maioria as pessoas não estão preparadas para aceitar posturas diferentes das suas e tentam a todo o custo provar aos outros como estão errados na sua visão política e rematam sempre sempre com um conclusivo "tu não faças isso!" para impedir que o outro vote num partido e/ou candidato que não seja da sua preferência.

Pois bem, eu pessoalmente não simpatizo com o Primeiro Ministro. Acho-o arrogante na sua abordagem e julgo que o senhor confunde inflexibilidade e arrogância com firmeza. Esta postura faz-me lembrar a do nosso actual Presidente da República nos seus anos de Primeiro Ministro. Sendo essa também a razão pela qual o senhor Cavaco Silva nunca levou um voto da minha parte.

Aprecio Francisco Louçã e Paulo Portas por razões diversas. Tenho pena que por vezes as ideias postuladas pelo BE sejam algo extravagantes, o que me leva por vezes a hesitar se lhes devo atribuir o meu voto ou não.

Não me choca alguém dizer-me que vai votar neste ou naquele partido, neste ou naquele candidato. São as convicções políticas dessas pessoas. Há que respeitá-las ainda que com elas não concorde, isto porque gosto de acreditar que as pessoas que votam o fazem de forma consciente. Acreditam no seu direito e dever de votar. Exercem-no porque acreditam na mudança e na evolução deste nosso país.

Infelizmente há sempre por aí uma alminha que se acha mais capaz e mais iluminada do que todas as restantes e resolve por isso evangelizar as ovelhas tresmalhadas. São essas alminhas as que nunca, mas nunca, me convencem de nada.

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