15.9.13

dão-se corações

Já há largos meses que sinto uma grande necessidade de ter tempo para mim. Gosto de estar sozinha, entregue aos meus pensamentos e às minhas coisas e não me sinto só. Preciso desse tempo para reflectir e concentrar-me no que é efectivamente importante e necessário para mim. Contudo, esta necessidade de estar só comigo obriga-me a afastar-me dos outros. Consequentemente, não procuro os meus amigos, não promovo encontros com gente conhecida e começo a perceber que isso talvez não seja muito sensato da minha parte. 

O contacto com os outros é importante para o nosso crescimento emocional e intelectual. No seguimento desta constatação fui hoje tomar um café com uma moça minha conhecida desde os tempos da faculdade. Conheci-a através do meu irmão e sempre mantive com ela boas relações. Não me arrependi: passámos duas horas muito agradáveis na conversa sobre variados temas e percebi como sabe bem estar na companhia de alguém que não eu.

Gostaria de me entregar mais aos outros e de ser mais disponível. Foi o que constatei. E nem a propósito ao passear hoje junto à marginal dei com corações colados nos sinais.E disse para mim: "Olha, dão-se corações."



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